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Reforço dos investimentos nas comunicações vai acelerar digitalização

Ladislau Francisco e José Zangui
24/1/2022
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Foto:
ISTOCKPHOTO

Um maior acesso às comunicações, através da Internet, em África, na ordem de 10%, pode gerar crescimento de mais de 2% no PIB do continente, ao ano.

Angola, com 68 operadores de internet e taxa de penetração de cerca de 26%, está na cauda, mas não adormecida.

Um aumento do acesso à internet a 75% da população africana poderia criar 44 milhões de novos empregos. O aumeto de 10% na penetração de internet móvel poderia significar, em termos de números, o volume de 180 mil milhões de dólares norte-americanos até 2025 e 700 mil milhões USD até 2050.  

Em Angola, onde os níveis de desemprego rondam os 32%, afectando maioriamente jovens, a aceleração digital é apontada como caminho para promover novos negócios e impulsionar uma economia que, nos últimos anos, tem sofrido bastante devido à forte dependência do petróleo. O fomento da economia digital pode gerar não apenas novos empregos, mas também a consolidação do e-commerce, dos serviços digitais, melhoria dos serviços, aumento da transparência, bem como contribuir para o crescimento económico, como defendeu o gestor do programa AceleraNet da Angola Cables, Crisóstomo Mbundu.

O especialista em Telecomunicações falava na IV Conferência E&M sobre Transformação Digital e lembrou que, actualmente, “o mundo hoje é cada vez mais digital e hiperconectado, sendo que a Covid-19 acelerou a economia digital e não haverá mais recuo”. Assim, entende que se impõe a necessidade de mais investimentos em infra-estruturas de telecomunicações, de modo a abrir espaço para que o digital contribua mais para a economia real.

Os participantes do painel de debate na Conferência E&M sobre Transformação Digital concordaram também que os custos de investimentos nestes sectores são caros e, por isso, os preços praticados pelos operadores em Angola são altos. Apesar deste dilema, alertaram que “o caminho é o investimento, seja público ou privado”, tendo recomendado, igualmente, a revisão dos preços da internet e, por via disso, beneficiar alguns negócios, principalmente nas demais províncias, pois quase 90% dos serviços estão centralizados em Luanda.

Leia o artigo completo na edição de Janeiro, já disponível no aplicativo E&M para Android e em login (appeconomiaemercado.com).

Increased investment in communications will accelerate digitalization

An increase, of about 10%, in access to communications in Africa, particularly to the Internet, can generate an annual growth of more than 2% in the continent's GDP. With 68 internet operators and a penetration rate of about 26%, Angola is trailing but is not asleep.

An increase in internet access for 75% of the African population could create 44 million new jobs. A 10% increase in mobile internet penetration could mean revenue of USD 180 billion by 2025, and USD 700 billion by 2050.  

In Angola, where unemployment levels are around 32% and affect mostly young people, digital acceleration is seen as a way to promote new businesses and boost an economy that, in recent years, has suffered a lot due to the strong dependence on oil. Promoting digital economy can generate not only new jobs, but also the consolidation of e-commerce, digital services, improved services, increased transparency, as well as contribute to economic growth, according to Angola Cables’ AceleraNet program manager, Crisóstomo Mbundu.

The telecommunications expert was speaking at the 4th E&M Conference on Digital Transformation and reminded the audience that "the world is increasingly digital and hyper-connected; covid-19 has accelerated the digital economy and there is no going back”. Thus, he believes that there is a need for more investment in telecommunications infrastructure in order to make room for digital solutions to contribute more and to the real economy.  

Participants in the panel discussion at the E&M Digital Transformation Conference also agreed that investment costs in these sectors are high and, as a result, prices charged by operators in Angola are also high. However, despite this dilemma, they insisted that "investment, whether public or private, is the way forward", and also recommended the review of internet prices, thereby benefitting some businesses, mainly those located in the other provinces, since almost 90% of services are based in Luanda.

Read the full article in the January issue, now available on the E&M app for Android and at login (appeconomiaemercado.com).