O programa de combate à pobreza, levado a cabo pelo Governo angolano, teve impacto insignificante no município de Cacuso, na província de Malanje, onde apenas 9% dos inquiridos disse que o programa impactou na sua vida, revela o mais recente estudo da Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA).
No que a saúde diz respeito, o relatório aponta também que 28% dos munícipes da Ganda disseram ter sentido melhorias no sistema de saúde, enquanto que no Bailundo foi apenas 24%, já em Cacuso, os números da aprovação caem ainda mais e se fixam nos 6%.
A reintegração dos ex-militares é outro problema que o “Programa Integridade de Desenvolvimento Local e Combate a Pobreza 2019-2020” se propôs resolver, mas a verdade é que, segundo o estudo, passou longe disso, já que nenhum dos mais de 100 militares inquiridos em Cacuso e no Bailundo, disse sentir-se reintegrado. O relatório mostra que apenas 15% desta feita da Ganda, disseram sentir os efeitos e portanto mais reintegrados na sociedade.
O estudo da ADRA indica ainda que uma das poucas boas excepções do “Programa Integridade de Desenvolvimento Local e Combate a Pobreza 2019-2020”, tem que ver com o programa de promoção da cidadania, já que a essas questões, 43% do Cacuso disseram sim, chegando mesmo a mostrar os bilhetes de identidade, 34% do Bailundo e 39% da Ganda.
Um verdadeiro sucesso que, segundo o economista Mateus Maquiadi, consultor que elaborou o relatório, deve ser cuidado, já que, daqui a cinco anos, essas pessoas podem vir a ficar sem documentos novamente.