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Rodovias em situação dramática

Sebastião Vemba e Cláudio Gomes
26/2/2020
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Foto:
Carlos Aguiar

Benguela foi uma das nove províncias contempladas num pacote de obras públicas aprovado pelo Executivo angolano em Julho de 2019, num valor de cerca de 123,6 milhões de dólares.

Seis meses depois, muito ainda está por fazer e, mais grave, cidades como Catumbela e Lobito clamam por socorro para a reabilitação de estradas.

À entrada da cidade do Lobito, na província de Benguela, a estrada apertada e a azáfama de taxistas e transeuntes, por volta das 21h00 de um Sábado de final de Dezembro, fazem-nos redobrar a atenção, depois de um longo percurso de mais ou menos oito horas a partir de Luanda. Avançando-separa o centro da cidade, vão crescendo os buracos que dificultam a circulação de veículos, para surpresa de quem, ainda em Novembro, foi informado de que a reabilitação e ampliação dos principais eixos rodoviários da zona urbana da cidade do Lobito estariam concluídas na primeira quinzena de Dezembro.

A promessa foi feita, de acordo com a Angop, pelo administrador municipal, Amaro Segunda Ricardo, que considerou “positiva” a forma como as obras – como a do troço que liga o centro da cidade à zona alta da urbe (Obelisco/bairro Africano), numa distância de mais de dois quilómetros – estavam a decorrer. Estranha- mente, em comparação com o período anterior que visitámos a cidade (Maio de 2019), esse troço não só não foi concluído, nem a sobras arrancaram, mas piorou.

A nuvem de poeira levanta-se densa, os automobilistas fazem ginástica para escapar aos buracos, em marcha lenta, o trânsito adensa-se e só se respira de alívio chegando à zona do Porto do Lobito, em direcção à Restinga.

Os utentes das estradas, mas também os cidadãos que vivem nos edifícios à beira da estrada, lançam gritos de socorro. Os taxistas,segundo passageiros contactados pela Economia & Mercado (E&M), ou encurtam as viagens ou mudam a rota devido aos buracos, optando por vias menos degradadas.

Segundo as autoridades, as obras a serem realizadas consistem no alargamento da estrada, permitindo a abertura de quatro faixas de rodagem e passeios para peões. E abarcam ainda a montagem e construção de tubagem para o escoamento de águas residuais e pluviométricas e colocação dos sistemas das telecomunicações e da energia eléctrica.

Leia mais na edição de Fevereiro de 2020

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