O Presidente da República, João Lourenço, anunciou, em Pretória, África do Sul, a realização de uma cimeira tripartida (Angola-Ruanda-República Democrática do Congo), na capital angolana, Luanda, a 15 de Dezembro, a fim de se encontrar soluções para pôr termo ao conflito no Leste da RDC.
Na cimeira de Luanda, disse o Chefe de Estado angolano no discurso proferido naquele país da SADC, onde efectua uma visita oficial de dois dias, será analisada a possibilidade de assinatura de um acordo de paz entre as duas partes (RDC e Ruanda) para a cessação das hostilidades.
O ‘encontro’ tripartido de Luanda, como se pôde depreender das declarações do também Titular do Poder Executivo, é resultado de um conjunto de acções desenvolvidas pelo facilitador (Angola) desde Março de 2024.
A mediação de Angola do conflito que opõe a RDC ao Ruanda, afirmou João Lourenço no discurso, decorre do mandato da União Africana, no sentido de ajudar a RDC a encontrar os caminhos da paz naquela zona.
“A República de Angola continua a desenvolver iniciativas tendentes a facilitar o diálogo entre as partes desavindas, visando a normalização das relações político-diplomáticas, de amizade, de boa vizinhança e de segurança entre a República Democrática do Congo e a República do Ruanda”, declarou o PR que se encontra nas terras de Shaka Zulu desde o dia 12 de Dezembro do corrente.
No domínio da cooperação entre Angola e África do Sul, apesar de se ter assinados muitos instrumentos jurídicos, o Presidente angolano considera importante que se promova uma análise e avaliação técnica de todos os acordos assinados, de modo a torná-los funcionais e eficientes.
“Temos também a necessidade de se realizarem, com maior frequência, reuniões da Comissão Bilateral de Cooperação, para a dinamização da cooperação económica e do intercâmbio empresarial entre Angola e a África do Sul, em importantes sectores da vida nacional de cada um dos nossos países”, declarou a mais alta entidade do Estado angolano.
JLo também chamou atenção para a necessidade de se executar o acordo entre os respectivos países sobre o estabelecimento de uma Comissão Binacional, que devia ter realizado a primeira sessão em Luanda em 2019, mas que nunca aconteceu, propondo que tenha lugar no primeiro semestre de 2025 em Luanda.
