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Seca no Cunene aguarda soluções

Cláudio Gomes
24/9/2020
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Foto:
Carlos Aguiar

Um ano depois da última crise de seca, as soluções hidrográficas programadas para o Cunene estão abaixo dos 15% de execução.

Das 77 bacias hidrográficas do país, a província do Cunene conta com duas – a do Cuvelai e a do Cunene –, ambas partilhadas com a República da Namíbia. Ainda assim, ano após ano, a região é assolada por seca severa, daí que as autoridades tenham decidido cortar o mal pela raiz, investindo em projectos de aproveitamento das bacias do Cunene e do Cuvelai. As obras arrancaram em Novembro do ano passado, mas estão paralisadas por conta da Covid-19, sendo o seu grau actual de execução abaixo dos 15%.

Segundo o director-geral do Instituto Nacional de Recursos Hídricos (INRH), Manuel Quintino, trata-se de projectos avaliados em cerca de 136 milhões de dólares norte-americanos. Repartido em lotes, a primeira fase do projecto foi entregue à construtora chinesa Sinohydro Corporation e inclui a construção de infra-estruturas de captação de água no rio Cunene e a construção de canais adutores até às localidades de Cuamato, Namacunde e Ndombondola. Especificando, o Lote 1 está orçado em mais de 21,4 mil milhões de kwanzas e o Lote 2 orçado em 22,8 mil milhões de kwanzas. O gestor do INRH disse também que foram pagos 15% do orçamento afecto a cada Lote, razão pela qual se estima que a execução das obras esteja apenas na ordem dos 14%. “Não mencionamos os 15%, porque carece de uma constatação no terreno. A contratação da empresa de fiscalização das obras só agora foi autorizada”, explicou, afirmando que, em breve, vão assinar os contratos com duas empresas de fiscalização.

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English version

Drought in Cunene waits for solutions

One year after the last drought crisis, the planned water harvesting solutions for Cunene are below 15% of execution.

Of the 77 water basins in Angola, Cunene province has two - Cuvelai and Cunene - both shared with the neighboring Republic of Namibia. Even so, year after year, the region is devastated by severe drought so that State authorities decided to cut the evil down at the root by investing in a series of projects to exploit the Cunene and Cuvelai basins. The works started in November last year, but were paralyzed the Covid-19 pandemic. The current level of execution is below 15%.

According to the director-general of the National Institute of Water Resources (INRH), Manuel Quintino, these projects are estimated in US$136 million. Divided into lots, the first phase of the project was handed to Chinese construction company Sinohydro Corporation and includes the construction of water capture infrastructures on the Cunene River and watercourses to the localities of Cuamato, Namacunde and Ndombondola. In detail, this first phase started with Lot 1, budgeted at over 21.4 billion kwanzas and Lot 2 budgeted at 22.8 billion kwanzas. The INRH director-general also confirmed that 15% of the budget allocated to each Lot was paid, which is why it is estimated that the execution of works is only at around 14%. “We don’t mention 15% because we need to verify it in the field. The hiring of the oversight contractors has just been authorized,” explained the state official, indicating that contracts with two oversight companies will be signed soon.

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