No geral, os operadores não colocam de lado a possibilidade de haver também algum ganho com os seguros de pessoas, nomeadamente Vida e Saúde, que poderá ser mais ou menos acentuado em função da gravidade que a Covid-19 atingir.
Nos últimos meses, sobretudo a partir de Janeiro do corrente ano, o impacto do novo Coronavírus no mercado de seguros, considerando as mais recentes projecções macroeconómicas do país, deixam antever um cenário menos optimista do sector, com implicações que poderão resultar inclusivamente numa redução significativa – embora em percentagens ainda desconhecidas – dos prémios a serem emitidos em 2020.
De acordo com as projecções do Fundo Monetário Internacional (FMI), os países da África Subsaariana, onde se inclui Angola, deverão registar uma recessão económica de 3,2% este ano devido à Covid-19, o que duplica a previsão feita em Abril, que estimava uma queda de 1,6% no PIB.
Com a perspectiva de recessão económica, inflação ainda em níveis altos e com o nível de desemprego cada vez mais acentuado, o mercado segurador nacional começa, aos poucos, a entrar em metamorfose, variando muitas vezes entre momentos baixos e altos. Os próprios operadores do mercado confirmam exactamente isso.
O Presidente da Comissão Executiva (PCE) da Aliança Seguros, António Henriques da Silva, adianta, por exemplo, que existe actualmente no mercado uma redução considerável no que diz respeito à subscrição do seguro automóvel, de acidentes de trabalho, de viagem, construção e engenharia.
O gestor reforça que, no caso particular da seguradora que dirige, as medidas de excepção estabelecidas pelo Governo para evitar a propagação da doença têm afectado, de forma negativa, os seguros de viagem com o encerramento das fronteiras internacionais, bem como noutros seguros devido à redução de coberturas ou ao pagamento de prémios fraccionados.
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