Os custos com sinistros aumentaram na ordem dos 12% para 24,5 mil milhões de kwanzas face aos 21,8 mil milhões do ano anterior, impulsionados igualmente pelo ramo não-vida, devido à representatividade de 99%.
Em 2022, quatro seguradoras concentraram a produção do sector em 65%. A Nossa Seguros lidera o ranking com uma quota de 25%, seguida pela Fidelidade (15%), a SANLAN (13,09%) e a ENSA (12,18%), que fecham o ‘top four’.
As demais 18 seguradoras partilham a restante quota de 35%, um espectro do quadro débil do sector, segundo o economista Tiago Macedo, para quem o índice de penetração dos seguros só irá crescer quando o nível de concentração for menor.
“O problema não está em quatro seguradoras concentrarem mais da metade da actividade. Isso é fruto do investimento e do empenho dessas. A questão a ser tratada é perceber o que impede as demais de alcançarem melhor resultado”, questiona. “As condições do mercado vão-se agravar como resultado da conjuntura económica, e esses players precisam de se reestruturar para garantir a permanência e o crescimento”, defendeu.
Macedo defende que haja aquisições e fusões, para que a produção de seguro sobreviva aos tempos difíceis que se avizinham. Acresce que devem investir em comunicação para criarem maior proximidade com os potenciais consumidores do serviço.
“Uma estratégia de marketing que promova a conscientização da cultura de seguros, explanando as vantagens para o beneficiário, ajuda a aumentar a literacia e eleva o nível de penetração. Por outro lado, desenvolver produtos e serviços à medida das necessidades reais das pessoas, jurídicas ou singulares, e sempre associada às novas tecnologias para simplificar a relação com os assegurados”, aponta.
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Top 4 insurers account for 65% of production
Claims costs increased by around 12% to 24.5 billion Kwanzas compared to 21.8 billion in the previous year, driven also by the non-life sector due to its representativeness of 99%.
In 2022, four insurers accounted for 65% of the sector's production. Nossa Seguros leads the ranking with a market share of 25%, followed by Fidelidade with 15%, SANLAN (13.09%), and ENSA (12.18%) close the "top four".
The remaining 18 insurers share the remaining 35% of the market, a reflection of the sector's weak state, according to economist Tiago Macedo, who believes that the insurance penetration rate will only increase when the level of concentration is lower.
"The problem is not that four insurers concentrate more than half of the activity. This is a result of their investment and commitment. The issue to be addressed is to understand what prevents the others from achieving better results," he questions. "Market conditions will worsen as a result of the economic situation, and these players need to restructure to ensure their survival and growth," he argued.
Macedo advocates for acquisitions and mergers so that the insurance production can survive the difficult times ahead. He also recommends investment in communication to create closer proximity with potential service consumers.
"A marketing strategy that promotes insurance culture awareness, explaining the benefits to the beneficiary, helps to increase literacy and raise the penetration level. On the other hand, developing products and services tailored to the real needs of individuals or entities, and always associated with new technologies to simplify the relationship with policyholders," he points out.
Read the full article in the August issue, now available on the E&M app for Android and at login (appeconomiaemercado.com).