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Trocas comerciais entre Angola e EUA caem 39,1% em 2023

Victória Maviluka
3/12/2024
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Foto:
DR

Angola exporta essencialmente petróleo para os EUA e importa do país que detém a maior economia mundial diversos bens e serviços. PR angolano quer diversificar a base de exportação.

Angola e Estados Unidos registaram um défice na sua relação comercial em 2023, com as trocas comerciais a recuarem 39,1% em relação às estatísticas do ano anterior, apurou a revista E&M.

Segundo dados do 'Office of the US Trade Representative (USTR)', responsável por desenvolver e coordenar a política de comércio internacional, commodities e investimento directo dos EUA, e supervisionar negociações com outros países, o défice comercial de bens dos Estados Unidos com Angola foi de 575 milhões de dólares no ano passado.

Este recuo deve-se ao facto de as exportações de bens dos EUA para Angola, em 2023, terem sido de 595 milhões de dólares, uma queda de 8,8% (58 milhões USD) em relação a 2022 e 59% em relação a 2013; e as vendas de bens de Angola aos Estados Unidos totalizarem 1,2 mil milhões USD em 2023, uma redução de 26,8% (428 milhões) em relação a 2022 e queda de 87% relativamente a 2013, detalha o USTR. 

“O investimento estrangeiro directo (IED) dos EUA em Angola (stock) foi de US$ 255 milhões em 2022; o IDE de Angola nos Estados Unidos (stock) foi de US$ 92 milhões em 2022, queda de 3,2% em relação a 2021”, lê-se no relatório do 'Office of the US Trade Representative'.

Em relação ao sentido das trocas comerciais entre os dois países, Angola exporta essencialmente petróleo para os Estados Unidos e exporta da nação que detém a maior economia mundial diversos bens e serviços.

PR angolano quer “diversificação do investimento dos EUA”

Em entrevista recente ao The New York Times, João Lourenço, Presidente angolano, augurou que a primeira presença de um Chefe de Estado norte-americano em solo angolano – iniciada nesta segunda-feira, 02 – abra portas à diversificação do investimento dos EUA em Angola.

"Até agora, o investimento dos Estados Unidos está focado apenas na indústria de petróleo e gás. Agora, esperamos que, com a sua chegada, possa haver uma diversificação do investimento dos Estados Unidos da América nas várias áreas da nossa economia", disse o Presidente angolano.