A venda de 30% do capital social da ENSA - Seguros de Angola, SA rendeu pelo menos 8,9 mil milhões de Kwanzas (aproximadamente 9,8 milhões USD), soube a E&M em comunicado de imprensa.
O resultado da oferta pública, descreve o respectivo comunicado, reflectiu a confiança dos investidores na maior instituição do sector segurador em Angola e marcou o avanço para o mercado de capitais no País.
“Registaram-se 1 833 ordens de compra, das quais 1 115 foram parcialmente atendidas. O preço unitário final da acção foi estabelecido no máximo do intervalo de preços da oferta, isto é 12 499, 80”, segundo o comunicado.
Durante a operação, continuou, foram solicitadas um milhão 256 mil 455 acções, que corresponde a 174,51% das 720 mil disponíveis. O facto, de acordo com o comunicado, evidenciou uma procura maior que a oferta.
No dia 30 de Outubro, aponta o comunicado, serão admitidas à negociação, no Mercado de Bolsa de Acções (MBA), a totalidade das acções ordinárias representativas do capital social da ENSA, podendo qualquer investidor vender ou comprar por via de intermediário financeiro da BODIVA.
“A ENSA expressa o sincero agradecimento a todos os investidores que confiaram e participaram neste processo de privatização, pelo que os passamos a saudar como nossos novos accionistas e parceiros na nossa caminhada para um maior fortalecimento da empresa, do sector e do País”, disse Mário Mota Lemos, presidente da Comissão Executiva.
A privatização parcial da maior seguradora no País, aludiu o comunicado, foi conduzida pelo Instituto de Gestão de Activos e Participação do Estado (IGAPE). Como parte do processo, 2% da oferta fica reservada aos trabalhadores da ENSA e dos membros dos órgãos sociais.
Presente no mercado há sensivelmente 46 anos, a ENSA-Seguros tem uma quota de mercado de 26% e figurou das 100 maiores seguradoras africanas em 2022, ocupando a 46ª posição do ranking.