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A digitalização é um processo irreversível

José Zangui
10/12/2020
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Foto:
DR

Especialistas presentes na III Conferência E&M sobre Transformação Digital concluíram que o país precisa de investir mais em infra-estruturas de telecomunicação e no capital humano.

O administrador da Asseco PST, José Nunes, entende que se Angola quiser ser um país competitivo tem de apostar na construção de infra-estuturas, cujo custo deve ser partilhado entre os diferentes operadores.

Neste sentido, o especialista reconheceu haver boas intenções, mas considerou que a prática leva ainda o país a um desafio. “Entendemos que não há dinheiro, mas é preciso pensar-se onde ir buscá-lo”, disse.

Por sua vez, o director-geral da ITA, Francisco Pinto Leite, propõe a criação de um plano de digitalização ao nível nacional, que deve agregar vários players para acelerar as tecnologias, mas também a preparação do capital humano, adaptando-o aos novos desafios, pois “muitas empresas ainda estão apegadas ao trabalho tradicional”.

Já o coordenador do Comité de Projectos e Investimentos Futuros da MSTelecom, Jorge Cipriano, entende que o país precisa de uma política digital para ser competitivo ao nível mundial, no âmbito da qual se deve disseminar a banda larga.

Números globais mostram que mais de 400 mil milhões de pessoas no mundo utilizam a Internet. Na América do Norte, os utilizadores rondam os 78% da população, enquanto na África Subsaariana apenas 20% da população tem acesso a essa ferramenta. Angola apresenta númerosconsiderados ainda muito baixos, com apenas 10 a 20% da população a ter acessoà Internet, de acordo com o administrador da Asseco PTS, José Nunes.

Adaptar as soluções à realidade local

Os especialistas concluíram que as empresas e instituições têm de se preparar para a nova realidade, com investimentos em tecnologias e na formação do capital humano, devendo criar-se soluções adaptadas à realidade local.

Para o director de Tecnologias de Informação do BFA, Filipe Duarte Silvério, “no contexto actual, cada negócio vai ter os seusdesafios específicos, as suas dificuldades, mas tem de procurar superá-los e adaptar-se a esta nova realidade. A pandemia trouxe um contexto novo, hoje o planeta todo está no mesmo barco. As instituições precisam de ser mais resilientes, pois a saída desta crise com sucesso ou não dependerá muito da forma como vamos adaptar-nos às dificuldades que neste momento enfrentamos”, afirmou.

Entretanto, tratando-se de uma realidade nova para muitas empresas e clientes, os membros do primeiro painel de debate da III Conferência E&M sobre Transformação Digital concordaram que é necessário acautelar os riscos cibernéticos, sendo que os invasores estão sempre à espreita.

Leia o artigocompleto na edição de Dezembro da Economia & Mercado ou assine em https://appeconomiaemercado.com/office/cliente/angola/login.php

Digitization is an irreversible process

Experts present at the 3rd E&M Conference on Digital Transformation concluded that the country needs to invest more in telecommunications infrastructure and human capital.

Asseco PST administrator, José Nunes, states that if Angola wants to be a competitive country it has to invest in the building of infrastructures, whose cost must be shared among the different operators. As such, the specialist acknowledged that there are good intentions, but that the practice is still a challenge: “We understand that there is no money, but we need to think about where to get money,” he said.

In turn, ITA general manager, Francisco Pinto Leite, proposes the creation of a nationwide digitization plan, which should congregate several players to accelerate the use and implementation of technologies, and the preparation of human capital, adapting it to new challenges, because “many companies are still attached to traditional work”.

The coordinator of MSTelecom Future Projects and Investments Committee, Jorge Cipriano, understands that the country needs a digital policy to be competitive at world level, in which broadband must be disseminated.

Global figures show that more than 4 billion people in the world use the Internet. In North America, users are around 78% of the population, while in sub-Saharan Africa only 20% of the population has access to this tool. Angola still has very low numbers, with only 10 to 20% of the population having access to the Internet, according to Asseco PST administrator, José Nunes.

Adapting solutions to the local reality

The experts concluded that companies and institutions must prepare themselves for the new reality, with investments in technology and training of human resources, as well as solutions adapted to the local reality.

For BFA Director of Information Technology, Filipe Duarte Silvério, “in the current context, each business will have its specific challenges, its difficulties, but must seek to overcome them and adapt to this new reality. The pandemic brought a new context, today the whole planet is in the same boat.

The institutions need to be more resilient, because the successful exit or not will depend a lot on how we adapt to the difficulties we are facing at the moment,” he said. However, as this is a new reality for many companies and clients, the members of the first panel discussion of the 3rd E&M Conference on Digital Transformation agreed that cyber risks need to be taken into account, and hackers are always on the lookout.

Read the full article in the December issueof Economia & Mercado Magazine or subscribe at https://appeconomiaemercado.com/office/cliente/angola/login.php