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África necessita de 15 milhões de empregos anuais para acomodar aumento da força de trabalho até 2030 - FMI

Sebastião Garricha
11/1/2025
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Foto:
DR

FMI explica que a expansão da população, que cresce acima da média das economias africanas, pressiona ainda mais a criação de novas vagas de emprego.

Na esteira da análise sobre o crescimento populacional em Angola, a E&M recorreu ao Regional Economic Outlook de Outubro de 2024, relatório onde o Fundo Monetário Internacional (FMI) reitera a necessidade de criação de 15 milhões de empregos por ano até 2030 na África Subsaariana, para acomodar o aumento da sua força de trabalho.

De acordo com a instituição financeira internacional, este é um desafio considerável, tendo em conta o actual cenário de obstáculos económicos e estruturais enfrentados pelo continente, que poderão dificultar a concretização desta meta.

O relatório do FMI explica que a expansão da população, que cresce acima da média das economias africanas, pressiona ainda mais a criação de novas vagas.

“Este crescimento populacional está directamente relacionado com o aumento do desemprego, com fenómenos migratórios e com a escassez de recursos essenciais para muitos cidadãos africanos”, refere o documento.

Além disso, os dados do Regional Economic Outlook indicam que a África Subsaariana enfrenta barreiras significativas, como acesso limitado a financiamento, uma infraestrutura inadequada e a instabilidade política, factores que, a seu ver, constituem desafios para a atracção de investimentos necessários para gerar empregos sustentáveis.

Entretanto, o FMI recomenda a implementação de investimentos substanciais em infra-estrutura, especialmente na expansão da economia digital, para que o continente alcance os seus objectivos.

Esta transformação, de acordo com a instituição, poderia impulsionar novos sectores e gerar postos de trabalho, enquanto ajudaria a diversificar as economias africanas.

Outro ponto destacado no Regional Economic Outlook de Outubro é a necessidade de reformas políticas que incentivem o investimento privado, além da criação de um ambiente de negócios mais estável e previsível, para garantir uma base sólida para o crescimento económico.

A melhoria nos resultados educacionais é, segundo o documento, também considerada crucial para o sucesso desta estratégia, que ajudaria a preparar a força de trabalho para as demandas de um mercado de trabalho em constante evolução, adaptando-se à transformação digital e à inovação.