Amare Abebe, director de pesquisa do Centro de Estudo Espacial da Universidade North-West (NWU), foi eleito, recentemente, na África do Sul, o novo presidente da Sociedade Astronómica Africana (AfAS).
Entre as linhas de força do docente formado em Física, consta a identificação de programas de extensão, iniciativas educacionais e integração nos currículos escolares de matérias ligadas à astronomia, de modo a aumentar o interesse sobre o assunto.
“Melhorar a infra-estrutura de partilha de dados entre os países africanos, facilitando uma melhor colaboração e acesso a bancos de dados astronómicos globais, levará a uma colaboração aprimorada”, afirma Amare Abebe.
Citado pelo site da NWU, adiantou que faz parte dos seus planos o aumento do número de membros da AfAS em todos os países africanos, observando que a África, com uma população de quase 1,5 bilião de pessoas, tem apenas cerca de 500 membros activos na organização.

Abebe enfatizou a importância de construir “laços mais fortes” entre a Sociedade Astronómica Africana e governos, indústrias e organizações internacionais para fomentar a pesquisa interdisciplinar, parcerias industriais e apoio a políticas viradas para o sector.
“Dos mais de 50 países da África, apenas 20 possuem algum programa consistente de astronomia. Há muito espaço para crescimento e é necessário aumentar a conscientização pública sobre astronomia em toda a África, especialmente em regiões carentes”, considerou.
Para o docente universitário, a astronomia há muito tempo cativa a imaginação humana e incentiva o pensamento crítico: “Na prática, ela incentiva o interesse em ciência, tecnologia, engenharia e matemática, fomentando uma força de trabalho qualificada e impulsionando a inovação tecnológica”.