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Angola aguarda por melhores condições para emitir euro-obrigações

Redacção_E&M
26/3/2020
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Foto:
DR

O governo de Angola aguarda por condições mais favoráveis para proceder à contracção de mais dívida pública sob a forma de emissão de euro-obrigações autorizada por Decreto Presidencial.

A fonte citada pelo Jornal de Angola, depois de afirmar queo governo não deu início a qualquer negociação no sentido de proceder à emissãode até 3000 milhões de dólares, esclareceu que o Decreto Presidencial de 18 deMarço apenas cria as condições institucionais para a emissão e decorre daaprovação do Orçamento Geral do Estado em execução, o qual dá espaço àcontratação de dívida sobre o exterior.

A fonte precisou que, depois do decreto, que autoriza aministra das Finanças a negociar a emissão, as autoridades aguardam por ummomento mais favorável do mercado, no qual, devido à conjuntura causada pelapandemia do novo vírus corona, os investidores estabelecem condições gravosaspara a dívida dos Estados africanos.

Segundo o portal de notícias Macauhub, que cita o Jornalde Angola, as taxas de juro exigidas pelos investidores para transaccionarem adívida de Angola com maturidade a 2025 rondam 23,5%, o triplo do valorregistado no princípio do mês, segundo números da agência financeira Bloomberg,que escreve que o mercado financeiro está, na prática, fechado para osemissores africanos devido aos receios dos investidores.

A emissão autorizada a 18 de Março é a quarta em queAngola contrata dívida por essa via desde 2015, quando o Governo angariou 1,5mil milhões de dólares com uma taxa de juro de 9,5%, numa procura total de 7,5mil milhões. Assim, escreve o Macauhub, depois, em 2018, Angola colocou 1,75mil milhões a dez anos, com uma taxa de juro de 8,25% e mais 1,25 mil milhões a30 anos, pagando juros de 9,375%.

Em 2019, o Governo colocou três mil milhões de dólares, adez e a 30 anos, com taxas de juro de 8,00% e 9,12%, respectivamente.