A companhia de aviação angolana Bestfly, presente no mercado cabo-verdiano através da TICV, confirmou, esta terça-feira, 24, que vai deixar de operar no arquipélago, na sequência da suspensão pela Agência de Aviação Civil (AAC) do seu Certificado de Operador Aéreo (COA) e da Licença de Exploração Aérea (LEA).
A Agência de Aviação Civil justificou a decisão pelo “não cumprimento reiterado” de requisitos regulamentares por parte da TICV (Transportes Interilhas de Cabo Verde), escreve o Expresso das Ilhas.
AAC explicou que uma das duas aeronaves da TICV estava fora de serviço e com o Certificado de Aeronavegabilidade expirado desde o dia 17 de Setembro de 2023, enquanto a outra se encontrava “indisponível para operações comerciais” desde o dia 06 de Março de 2024.
“Portanto, não foi demonstrado pela operadora que as referidas aeronaves se encontram em processo de manutenção”, fundamentou a Agência de Aviação Civil.
Entretanto, em comunicado, a Bestfly World Wide, maior accionista da TICV, referiu que a empresa se mostrou "surpreendida com a recepção”, a 19 de Abril de 2024, de uma carta da AAC dando conta de que, “após aprovação inicial, tomou a decisão de revogar a aprovação que tinha concedido para o contrato de wet lease de uma aeronave mobilizada para regularizar a conectividade interilhas em Cabo Verde e que já se encontrava no país".
A chegada desta aeronave a Cabo Verde, observou a TICV, tinha como objectivo assegurar a manutenção do serviço prestado pela transportadora, suprindo, assim, a ausência de duas aeronaves, que se encontram imobilizadas por motivo de manutenção.
"Todos os esforços foram encetados para garantir a maior rapidez possível no processo de mobilização dessa aeronave, estando a TICV ciente de que a ligação interilhas em Cabo Verde desempenha um papel fundamental na coesão territorial, social e económica do país", reforçou a companhia aérea na nota.
Observou que, “acreditando não estarem reunidas as condições” para prosseguir com o trabalho que tem vindo a desenvolver”, os accionistas maioritários da TICV tomaram a “difícil decisão de deixar de operar definitivamente” em Cabo Verde.