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Aplicação da metodologia do panorama social na construção da liderança

Tiago Tavares da Silva, NOX - Human Capital Manager
6/6/2024
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Foto:
DR

A criação do poder e Padrões de autoridade

As organizações do futuro são percepcionadas nos nossos dias, na maioria das vezes, como organizações do presente. Por vezes, de facto, quase como se o futuro já estivesse a acontecer.

Na verdade, à velocidade com que as metodologias, as tecnologias, os paradigmas, os conceitos e a realidade se desenvolvem e inovam, a postura organizacional de sucesso deve consistir fundamentalmente no “estado de abertura” o que, simplificando, significa que não só as organizações estão abertas às inovações e à Mudança, como procuram activamente acompanhar as constantes necessidades de Mudança.

Desse modo, mantêm a capacidade de acompanhar a voracidade dos tempos, dos fluxos de informação que são a cada dia mais intensos e volumosos, de todas as inovações, actualizações e de todas as novas abordagens.

No entanto, as organizações que privilegiam a Mudança como factor de sucesso, têm a consciência de que essa Mudança acaba por ser apenas um comportamento e, na verdade, o processo da Mudança começa e desenvolve-se sempre em função de comportamentos baseados nas percepções.

Numa organização a percepção da liderança é também ela um factor de sucesso.

Não apenas a identificação do líder e da sua posição, mas, e não menos importante, o posicionamento percepcionado desse líder para cada um dos colaboradores ou de todos aqueles que interagem com a organização.

A forma como enquadramos a nossa imagem de líderes, dentro da nossa estrutura relacional e a importância que essa autopercepção tem para nós enquanto indivíduos, vai determinar o modo com que vamos operar os instrumentos da liderança no dia a dia.

A construção da autoridade do líder é decorrente do seu “Mapa Pessoal” isto é: da forma como está organizada a sua estrutura relacional com os outros, com os conceitos, com a organização e consigo próprio.

Assim, os padrões de autoridade estão directamente ligados a 3 espaços:

1. O espaço envolvente: variáveis culturais, de contexto e outras;

2. O espaço pessoal: variáveis de realização, percepções de auto-imagem e representações do sucesso;

1. O espaço relacional: variáveis de relação entre nós e os outros, as coisas, os conceitos, os filtros, as memórias e outros.

A Metodologia do Panorama Social permite a extrapolação do nosso Mapa Pessoal de forma a permitir que seja trabalhado, optimizado e, muitas vezes, alterado dentro dos objectivos e das necessidades em presença. Este método pode ser importante não na criação de líderes, mas sim, no enquadramento da liderança nos contextos específicos de cada realidade organizacional.

Nas organizações actuais torna-se vital para o sucesso, não apenas o alinhamento dos espaços pessoais no contexto do objectivo comum, mas, e cada vez mais importante, a forma como cada um de nós se relaciona com a representação desse mesmo objectivo.

Os Líderes que conseguem interagir com cada uma dessas representações individuais e significá-las no contexto comum, são os líderes que já são do futuro e que garantem o presente.