O ministro da Defesa Nacional moçambicano chamou a imprensa para esta ajudar a disseminar a mensagem de paz e de diálogo. Cristóvão Chume reconheceu que o país vive clima de “instabilidade e insegurança públicas”, devido à tensão pós-eleitoral.
“As manifestações de carácter violento estão a cimentar ódio entre irmãos, estão a tirar vida de moçambicanos, independentemente da sua orientação política ou religiosa, estão a destruir infra-estruturas vitais para a vida dos moçambicanos”, disse, citado pelo diário moçambicano O País.
Na conferência de imprensa realizada nesta terça-feira, 05, Chume reafirmou o compromisso das Forças de Defesa e Segurança com a paz, a resolução pacífica de conflitos e a não interferência nos processos políticos.
Reafirmou, também, o carácter republicano das Forças de Defesa e Segurança, e sublinhou a importância do diálogo construtivo entre os partidos políticos, órgãos de gestão eleitoral, instituições de legalidade e todos os actores sociais e económicos que “representam as forças vivas da nossa nação”.
Cristóvão Chume recordou que as manifestações pacíficas estão salvaguardadas na Constituição da República e na lei das manifestações, entretanto, afirmou que estas não devem ser violentas.
“Nos últimos dias, assistimos ao recrudescimento de actos preparatórios com a intenção firme e credível de alterar o poder democraticamente instituído e o funcionamento normal das instituições estaduais e privadas”, declarou.
Face a este escalar da situação, referiu que as Forças de Defesa e Segurança, em cumprimento da Constituição da República de Moçambique, têm a missão e o mandato de defender e proteger “a nossa soberania e a segurança do nosso país”.
Os resultados anunciados pela Comissão Nacional de Eleições de Moçambique deram vitória folgada à FRELIMO, partido que governa o país há quatro décadas.
Venâncio Mondlane, segundo mais votado e apoiado pelo partido PODEMOS, denunciou irregularidades no processo, e, desde então, tem estado a impulsionar as várias manifestações pelo país.