O Grupo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) lançou esta terça-feira, 25 de Fevereiro, através de um evento online, o seu novo Plano de Acção trienal para o Combate ao Branqueamento de Capitais e aos Fluxos Financeiros Ilícitos (2024-2026).
De acordo com a nota publicada pelo BAD, os dados mostram que as perdas de África com os fluxos financeiros ilícitos quase duplicaram, passando de 50 mil milhões de dólares anuais, em 2015, para 90 mil milhões de dólares em 2020.
Cálculos indicam que isto representa 3,7% da produção económica total do continente e quase iguala o investimento estrangeiro combinado, bem como a ajuda que África recebe todos os anos.
“Embora o branqueamento de capitais e os fluxos financeiros ilícitos afectem todos os países, o seu impacto atinge mais duramente os países africanos, especialmente os que estão a recuperar de conflitos ou com recursos limitados”, escreve o BAD, explicando que estas actividades enfraquecem os governos e ameaçam a segurança, financiando frequentemente conflitos de longa duração e dificultando a cobrança de receitas e a geração de recursos.
O novo plano de acção do BAD poderá fornecer um quadro para ajudar os países africanos a criar sistemas mais sólidos para detectar e prevenir o branqueamento de capitais, bem como os fluxos financeiros ilícitos.
De acordo com a instituição financeira, este plano demonstrará a importância da colaboração entre o Banco, os países membros regionais e os parceiros de desenvolvimento no combate aos crimes financeiros.
Durante o evento, os países membros, peritos regionais e internacionais partilharam suas experiências na luta contra o branqueamento de capitais e os fluxos financeiros ilícitos.