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Banco Mundial prevê crescimento da economia angolana de 2,9% este ano

Victória Maviluka
12/6/2024
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BM prevê que o crescimento das economias da África subsaariana acelere de 3%, em 2023, para 3,5% este ano, uma taxa abaixo das necessidades de crescimento da região.

O Banco Mundial estima que a economia angolana acelere de 0,9%, no ano passado, para 2,9 % este ano e 2,6 % e 2,4 % nos dois anos seguintes.

Num relatório publicado esta terça-feira, 11, o BM prevê que o crescimento das economias da África subsaariana acelere de 3%, em 2023, para 3,5% este ano, uma taxa abaixo das necessidades de crescimento da região.

Depois de uma aceleração de 3,6 % em 2022, “o crescimento da economia da África subsaariana baixou para 3 % em 2023, e manteve-se fraco nas três maiores economias da região - Nigéria, África do Sul e Angola", lê-se na parte sobre África do relatório sobre as Perspectivas Económicas Mundiais.

No documento, citado pelo cabo-verdiano Expresso das Ilhas, os economistas do BM estimam que a média de crescimento das economias africanas acelere para 3,5 % este ano e para cerca de 4% nos próximos dois anos, num contexto de muitas incertezas, em que as previsões têm elevados riscos negativos.

"Os riscos incluem um aumento das tensões globais geopolíticas, especialmente uma escalada do conflito no Médio Oriente, uma deterioração adicional da estabilidade política da região, um aumento da frequência e intensidade dos choques climáticos adversos”, refere o Banco Mundial.

O BM elenca ainda entre as incertezas uma inflação acima do esperado, e um abrandamento do crescimento económico mais brusco que o previsto na China, para além de um aumento com os problemas da dívida, especialmente se a elevada dívida pública não se estabilizar ou se as novas fontes de financiamento não forem disponibilizadas.

Olhando para as três maiores economias da região, o Banco Mundial diz que "o crescimento continuou fraco", mas nota um aumento da actividade do sector privado no início deste ano, impulsionado pelo fortalecimento da economia global.

Ao mesmo tempo, vinca, "muitas economias da região continuam a lutar com contas públicas fracas, que resultam parcialmente da fraca colecta fiscal e dos elevados custos do serviço da dívida, enquanto algumas precisam de gerir os efeitos adversos das depreciações da moeda".