Representantes dos bancos BAI, BIC e BFA, presentes na Conferência E&M sobre “Segurança Alimentar e Gestão de Recursos Naturais no Contexto da Covid-19”, asseguram qua há disponibilidade financeira e vontade em apoiar os projectos do sector produtivo, independentemente da sua dimensão, desde que sejam bem estruturados e económica e financeiramente viáveis.
Entretanto, como num passado recente foram cometidos erros, nomeadamente no âmbito do Angola Investe, as regras de acesso ao crédito foram revistas.
A experiência do Angola Investe, segundo o director de Pequenas e Médias Empresas do Banco BAI, Jorge Silva, obrigou a que os bancos adoptassem novas estratégias de apoio à produção nacional. Todavia, o BAI está disponível para apoiar projectos, desde que sejam bons e de empresários com competência reconhecida, suportados por uma equipa técnica interna, garantiu o gestor. A atenção do BAI, de acordo com Jorge Silva, está nas pequenas e médias empresas para as quais estão disponíveis até 500 milhões de kwanzas por projecto.
O BAI lançou, em Agosto, o PAC Express, produto de concessão de crédito aos pequenos produtores nacionais. Este produto financeiro enquadra-se no âmbito do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI) e visa estimular a produção dos 54 produtos inseridos no Projecto de Apoio ao Crédito (PAC).
“Estamos a falar das micro, pequenas e médias empresas e cooperativas”, detalhou Jorge Silva, acrescentando que o PAC Express do BAI apresenta requisitos menos exigentes para o acesso ao crédito e está ajustado ao modelo de organização baseado na proximidade.
Por sua vez, a directora de Agronegócios do Banco de Fomento Angola, Maria Filomena Nogueira, considerou que, contrariamente ao que algumas pessoas pensam, o Angola Investe não foi um mau programa, apenas faltou monitoria para o seu sucesso. No âmbito do programa Angola Investe, referiu que o BFA financiou 27 projectos, com um valor médio de 1 milhão de dólares. “Nem todos correram bem”, admite, para mais adiante garantir que a maior parte dos projectos foi bem-sucedida.
A responsável manifestou o compromisso do BFA de continuar a financiar a economia, sublinhando que o apoio só é possível para empreendedores que apresentem projectos bem estruturados, sejam eles micro, pequenos, médios ou grandes.
Na mesma senda, o banco BIC, que reclama para si ser a instituição bancária que mais apoia o agro-negócio, assegurou que vai continuar a apoiar os “bons clientes”. De acordo com dados apresentados pelo Director Central - BIC Agro, Jorge Gomes Veiga, em 2019 o banco financiou nove projectos no sector da agricultura, avaliados em 12,7 mil milhões de kwanzas, 13 projectos na pecuária, no valor de 13,7 mil milhões de kwanzas e um no sector das pescas, avaliado em 1,5 mil milhões de kwanzas. Por fim, no sector da indústria, financiou três projectos num valor de 5,5 mil milhões de kwanzas.
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English version
Banks guarantee support to national production
Commercial banks in the domestic market refute the criticism directed at them by entrepreneurs concerning the difficult access to credit.
Representatives of banks BAI, BIC and BFA, present at the E&M Conference, guarantee that there is financial availability and willingness to support projects in the productive sector, regardless of their size, provided they are well structured and economically and financially viable.
Meanwhile, considering the mistakes of the recent past, namely with the program ‘Angola Investe’, the rules for access to credit were revised.
The experience of ‘Angola Investe’, as seen by Jorge Silva, director of the Small and Medium Enterprise portfolio at BAI, has forced the banks to adopt new strategies to support national production. However, BAI is available to support projects, provided they are good and from entrepreneurs with recognized competence, supported by an internal technical team, assured the manager. According to Jorge Silva, BAI is focused on small and medium enterprises for which up to 500 million kwanzas are available per project.
In August, BAI launched PAC Express, a credit product for small national producers. This financial product is part of the Program to Support Production, Diversification of Exports and Replacement of Imports (PRODESI) and aims to stimulate the production of the 54 products included in the Credit Support Project (PAC).
“We are talking about micro, small and medium enterprises and cooperatives”, explained Jorge Silva, adding that the BAI’s PAC Express presents less demanding requirements for access to credit and is adjusted to the organization model based on proximity.
In her turn, Maria Filomena Nogueira, agribusiness portfolio director at BFA, considered that, contrary to what some people think, ‘Angola Investe’ was not a bad program; it only lacked monitoring to guarantee its success. She stated that as part of the ‘Angola Investe’ program, BFA financed 27 projects, with an average value of 1 million dollars. “Not all went well,” she admits, to ensure the long-term success of most projects.
She expressed BFA’s commitment to continue financing the economy, emphasizing that support is only available for entrepreneurs who present well-structured projects, whether they are micro, small, medium or large enterprises.
In the same vein, Bank BIC, which claims to be the banking institution that most supports agribusiness, assured that it will continue to support “good clients”. According to data presented by the director of the BIC Agro portfolio, Jorge Gomes Veiga, in 2019, the bank financed nine projects in agriculture, valued at 12.7 billion kwanzas, 13 projects in livestock, valued at 13.7 billion kwanzas and one in fisheries, valued at 1.5 billion kwanzas. Lastly, in industry, the bank financed 3 projects worth 5.5 billion kwanzas.
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