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Congo suspende viagens ao estrangeiro de ministros para conter “pressões de fluxo de caixa”

Victória Maviluka
17/10/2024
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Foto:
DR

Quase metade da população do Congo-Brazzaville, um pequeno país petrolífero com quase 6 milhões de habitantes, vive abaixo do limiar da pobreza, segundo o Banco Mundial.

A República do Congo suspendeu, esta semana, as viagens ao estrangeiro de ministros até final do presente ano, numa medida associada à necessidade de conter os gastos públicos.

Durante o anúncio da medida, o primeiro-ministro, Anatole Collinet Makosso, observou, entretanto, que se abre uma excepção para missões que envolvam o Presidente da República.

Como alternativa à necessidade de atendimento a agendas da diplomacia no estrangeiro, as autoridades congolesas instruíram os ministros a optarem por videoconferência.

Uma fonte governativa, citada pela imprensa local, detalhou que a decisão visa “reduzir o estilo de vida do Estado que sofre grandes pressões de fluxo de caixa”.

“Sectores inteiros da economia congolesa sofrem há muito tempo e estão no vermelho”, acrescentou a fonte do governo de Denis Sassou Nguesso, no poder há 27 anos.

Quase metade da população da República do Congo, um pequeno país petrolífero com quase 6 milhões de habitantes, vive abaixo do limiar da pobreza, segundo o Banco Mundial.

Durante um mês, na capital Brazzaville, o lixo permaneceu abandonado à beira das estradas, estando os funcionários da empresa de recolha em greve devido a salários não pagos pelo Estado.

Nos últimos anos, o país reviu em baixa o orçamento do Estado, para cerca de 4 mil milhões de dólares para o ano de 2024, em comparação com os mais de 6 mil milhões em 2020.