A República do Congo suspendeu, esta semana, as viagens ao estrangeiro de ministros até final do presente ano, numa medida associada à necessidade de conter os gastos públicos.
Durante o anúncio da medida, o primeiro-ministro, Anatole Collinet Makosso, observou, entretanto, que se abre uma excepção para missões que envolvam o Presidente da República.
Como alternativa à necessidade de atendimento a agendas da diplomacia no estrangeiro, as autoridades congolesas instruíram os ministros a optarem por videoconferência.
Uma fonte governativa, citada pela imprensa local, detalhou que a decisão visa “reduzir o estilo de vida do Estado que sofre grandes pressões de fluxo de caixa”.
“Sectores inteiros da economia congolesa sofrem há muito tempo e estão no vermelho”, acrescentou a fonte do governo de Denis Sassou Nguesso, no poder há 27 anos.
Quase metade da população da República do Congo, um pequeno país petrolífero com quase 6 milhões de habitantes, vive abaixo do limiar da pobreza, segundo o Banco Mundial.
Durante um mês, na capital Brazzaville, o lixo permaneceu abandonado à beira das estradas, estando os funcionários da empresa de recolha em greve devido a salários não pagos pelo Estado.
Nos últimos anos, o país reviu em baixa o orçamento do Estado, para cerca de 4 mil milhões de dólares para o ano de 2024, em comparação com os mais de 6 mil milhões em 2020.