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Crédito à economia moçambicana cresceu 3,5% em 2024 e ultrapassa 4 mil milhões USD

Sebastião Garricha
13/3/2025
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Foto:
DR

O crescimento do crédito ocorreu em um contexto de sucessivos cortes na taxa básica, que caiu para 18,50% em Março, após cinco cortes nos últimos seis meses, de acordo com o Diário Económico.

O crédito à economia moçambicana cresceu 3,5% em 2024, atingindo um novo recorde de 286,4 mil milhões de meticais (4,1 mil milhões de dólares), segundo dados do Banco de Moçambique.

Consultados esta quinta-feira, 13 de Março, pelo Diário Económico, os dados indicam que o stock de crédito atingiu o seu ponto mais alto em Novembro, quando totalizou 291 mil milhões de meticais (4,1 mil milhões de dólares), antes de diminuir ligeiramente em Dezembro.

No final de 2023, o montante total do crédito concedido à economia moçambicana era de 277,2 mil milhões de meticais (4 mil milhões de dólares).

Entre os sectores mais beneficiados pelo crédito bancário, os particulares mantinham-se na liderança no final de 2024, com 92,2 mil milhões de meticais (1,3 mil milhões de dólares), apesar de uma ligeira redução face aos meses anteriores.

O sector dos transportes e comunicações caiu em Dezembro para 24,7 mil milhões de meticais (356 milhões de dólares). Seguiu-se o comércio, com 24,4 mil milhões de meticais (351 milhões de dólares), e a indústria transformadora, que caiu para 24,2 mil milhões de meticais (349 milhões de dólares).

O crescimento do crédito ocorreu em um contexto de sucessivos cortes na taxa básica, que caiu para 18,50% em março, após cinco cortes nos últimos seis meses. Desde janeiro de 2024, a taxa vem caindo, depois de atingir um máximo de 24,1% durante o segundo semestre de 2023.

Segundo notícia publicada esta quinta-feira, 13 de Março, pelo portal Mozambique 360, a descida da taxa básica de juro está directamente ligada às decisões do banco central, que em Janeiro cortou a taxa de juro de Política Monetária do MIMO de 12,75% para 12,25%, bem como os coeficientes de reserva obrigatória, numa tentativa de dar mais liquidez ao sector económico.

O Comité de Política Monetária (CPM) justificou esta decisão mantendo uma perspetiva de inflação de um dígito no médio prazo, apesar do aumento dos riscos resultantes da tensão pós-eleitoral, da incerteza orçamental e dos choques climáticos.

A próxima reunião do MPC está marcada para o dia 26 deste mês, onde novas medidas podem ser anunciadas para impulsionar a economia e garantir maior acesso ao crédito.