Entretanto, a forte dependência das exportações do petróleo continua a ser um mau augúrio para o futuro do país.
“Apesar de décadas de rápido crescimento económico em Angola, uma educação de qualidade e um bom nível de vida permanecem fora do alcance da maioria dos angolanos. A desaceleração económica induzida pela queda do preço do petróleo a partir de 2014 exacerbou os já elevados níveis de pobreza extrema, particularmente nas províncias rurais”. Este é o destaque do relatório “Cenários futuros de Angola 2050 - Para além do Petróleo”, do Instituto de Estudos de Segurança, assinado pelas pesquisadoras Lily Welborn, Jakkie Cilliers e Ste- llah Kwasi.
Lançado em Março deste ano, o documento refere que, por volta de 2040, prevê-se que Angola venha a ultrapassar a Argélia em dimensão económica. Até ao ano de 2050, a economia nacional deverá ter aumentado para mais de 994 mil milhões de dólares – um aumento de quase sete vezes, quando comparado com o ano de 2020 – tornando-a, assim, a quarta maior economia de África, depois da Nigéria, Egipto e África do Sul. No entanto, lê-se, “a forte dependência de Angola das exportações de petróleo bruto não é bom augúrio para o futuro”.
Com um Produto Interno Bruto (PIB) estimado em cerca de140 mil milhões de dólares em taxas de câmbio de mercado, Angola é a sexta maior economia de África, a quarta maior entre os países de rendimento médio-baixo e a segunda maior da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC). Todavia, referem as pesquisadoras, “o peso da economia angolana obscurece a sua vulnerabilidade ao volátil mercado global do petróleo”, que lhe tem causado prejuízos desde o advento da produção de petróleo de xisto em grande escala nos Estados Unidos.
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