A análise das actas e editais recolhidos nas mesas de votos dão vitória ao candidato presidencial Venâncio Mondlane e nas legislativas à formação política PODEMOS, que recorreu ao Conselho Constitucional protestando os resultados das eleições gerais de Moçambique de 09 de Outubro de 2024.
De acordo com Dinis Tivane, em declarações à imprensa, após a entrega do recurso ao Conselho Constitucional, a contagem paralela do PODEMOS (apuradas pelo menos 70% das actas e editais originais) dá vantagem ao concorrente independente Venâncio Mondlane com 53,30%. No pleito legislativo, o PODEMOS obteve 138 assentos, contra 91 da FRELIMO.
Ossufo Momade, presidente da RENAMO, maior partido na oposição em Moçambique, quarto candidato mais votado nas eleições presidenciais, também rejeita reconhecer os resultados eleitorais divulgados pelo CNE, chegando mesmo a solicitar a anulação do processo.
Outro candidato à presidência moçambicana, Lutero Simango, suportado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), recusa-se igualmente a aceitar os resultados eleitorais, alegando que foram forjados na secretaria e prometeu uma acção política e jurídica para repor a vontade popular.
O anúncio dos resultados causou violentos protestos e confrontos com a polícia nas principais zonas urbanas de Moçambique, principalmente em Maputo (centro político-administrativo moçambicano). A maioria dos manifestantes é solidária ao candidato presidencial Venâncio Mondlane.
Os resultados da Comissão Nacional de Eleições (CNE) deram vitória a Daniel Chapo (FRELIMO), tendo obtido 70,67% dos votos. No âmbito legislativo, a FRELIMO obteve 195 dos 250 assentos parlamentares. O partido no poder de 1975 elegeu todos os governadores provinciais, 10 no total.