Há um ano em actividade, a Angoplaste, empresa angolana destinada a transformação e comercialização de embalagens de plástico tais como o PET, PP ou PS, detém 55% da quota de produção e comercialização no mercado de pré-formas PET para engarrafamento de água, prevendo para até ao final do ano entrar para o mercado da República Democrática do Congo, conforme informações avançadas por Charlène Lourenço, Responsável pela Qualidade, Segurança, Saúde e Ambiente da Empresa.
Inaugurada em Março de 2018, a Angoplaste detém igualmente no seu portfólio de negócios uma linha de produção dedicada a transformação do polipropileno e do poliestireno entre outras resinas necessárias à produção de produtos plásticos domésticos descartáveis (copos, talheres) e reutilizáveis (pratos, copos, tijelas, vasos) conforme declarações de Charlène Lourenço, durante entrevista concedida à E&M.
Localizada em Viana, na Zona Económica Especial (ZEE), a Angoplaste tem uma capacidade de produção anual de seis mil toneladas de préformas PET e 600 toneladas de plásticos diversos para a área doméstica, segundo ainda informações de Charlène Lourenço.
“A empresa está numa fase de afirmação e prevê, a breve trecho, mais concretamente no último trimestre deste ano, passar a exportar produtos para países vizinhos. A República Democrática do Congo é o país mais provável para se ensaiar este processo de exportação”, referiu.
Com um investimento inicial de 15.150.000 USD, a Angoplaste possui uma capacidade instalada de 300 milhões de pré-formas de plásticos, estando neste momento a utilizar apenas metade desta vantagem.
Segundo a interlocutora, o nível de produção da Angoplaste é assegurado por 30 funcionários, sendo sete ligados a área administrativa e 23 ao departamento técnico.
A semelhança de outras empresas a operar no segmento, o acesso à matéria-prima constitui o principal entrave à actividade da Angoplaste, uma realidade que, segundo a Responsável pela Qualidade, Segurança, Saúde e Ambiente da Empresa, é preenchida pela importação de 100 % da matéria-prima.
«Actualmente a maioria das resinas de plástico são produzidas artificialmente e são obtidas a partir de combustíveis fósseis tal como o crude e o gás natural. No entanto, apesar da exploração do petróleo em Angola, a indústria petroquímica ainda deve ser desenvolvida para podermos um dia nos fornecer localmente», disse.
Para não depender somente de matéria-prima importada e por sua responsabilidade de conservação do meio ambiente, a direcção da empresa equaciona a possibilidade de erguer uma linha de produção com material reciclado.
“A reciclagem do plástico e outros materiais está no centro do grande desafio ecológico do 21º século. Quando reciclamos o plástico ou reutilizamos plástico reciclado estamos a contribuir para o bem-estar do nosso planeta e seus habitantes. Neste sentido, a Angoplaste equaciona a possibilidade de investir numa estrutura dedicada a transformação de plástico reciclado”, concluiu Charlène Lourenço.
B.I
Tipo: Indústria
Cidade: ZEE/Viana
Área Projectada: 11.500
Produção Anual: 6 mil toneladas de PET
Investimento: 15 milhões USD
Trabalhadores: 30