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Endiama: Stock de diamantes produzidos e não vendidos acima dos 3 milhões de quilates

Victória Maviluka
17/1/2025
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Foto:
DR

Apesar do comportamento do mercado se mostrar desfavorável aos diamantes naturais em detrimento dos sintéticos, a empresa prevê ultrapassar os níveis de produção de 2024.

As quedas nas vendas de diamantes no mercado internacional estão na base de a Endiama possuir, nesta altura, um stock de diamantes produzidos e não vendidos de mais de 3 milhões de quilates, informou o Presidente do Conselho de Administração da diamantífera estatal.

“Estamos com um problema grande relativamente ao mercado. Tivemos reduções significativas de preço. Neste momento, temos um stock de diamantes de mais de 3 milhões de quilates produzidos e não vendidos”, afirmou Ganga Júnior.

Adiantou, em entrevista à RNA, que, apesar do comportamento do mercado se mostrar desfavorável aos diamantes naturais em detrimento dos sintéticos, a empresa prevê ultrapassar, neste ano, os níveis de produção de 2024.

“Temos programado produzir cerca de 14 milhões e 800 mil quilates, que resultará, então, numa facturação global bruta de 2,1 mil milhões de dólares”, perspectivou o gestor. 

Face à actual conjuntura, o PCA da Empresa Nacional de Prospecção, Exploração, Lapidação e Comercialização de Diamantes de Angola, informou que a companhia pretende, ainda no primeiro semestre deste ano, abrir as portas à refinação, com investimento global em 14 milhões de dólares. 

“Para evitarmos a monocultura, temos já, neste momento, duas concessões para a fase de produção”, esclareceu o líder da diamantífera de direito público.

Em relação à diversificação e expansão de negócios, Ganga Júnior referiu-se à Endiagro, um projecto criado pela Endiama para contribuir para o desenvolvimento das cadeias de valor do agronegócio na região Leste de Angola.

“É uma empresa que tem dois objectivos: o primeiro objectivo é desenvolver a actividade agropecuária e industrial de forma comercial e lucrativa; para além de fazer dinheiro, o outro objectivo é contribuir para a redução da fome, pobreza, redução das importações. E já começámos”, afirmou. 

Avançou que o objectivo da Endiama relativamente ao sector do agronegócio é, ainda este ano, começar a produzir arroz, “para disponibilizar o equivalente a 5 milhões de dólares a começar na região do Cuilo, na Lunda-Sul, na zona do Dala; e no Moxico, na região do Léua”.