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Especialistas defendem equilíbrio no processo de transição energética

Fernando Baxi
21/11/2023
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Foto:
Arquivo e DR

Os combustíveis fósseis representam 80% das necessidades energéticas a nível mundial, por isso especialistas do sector apelam para a análise ponderada quando se aborda a indústria petrolífera.

O sector extractivo, principalmente o segmento dos hidrocarbonetos, poe der incorporado no Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), desde que se observem os pressupostos de preservação ambiental.

Nas perspectiva da diretora para a Higieme, Segurança e ambiente da TotalEnergies EP Angola, Kátia Costa, na II Conferência E&M Ambiente e Desenvolvimento, tudo passa por criar sustentabilidade, focando-se em responder às necessidades actuais sem comprometer o futuro.

A representante da multinacional francesa, no painel que analisou o “Impacto dos ODS nos negócios”, também sugeriu a definição de estratégias sustentáveis para as empresas daquele sector e os principais players da indústria, responsável por 80% das necessidades energéticas.

Kátia Costa reforçou a preocupação e o compromisso da TotalEnergies EP Angola e acelerar a transição para as energias descarbonizadas, embora aquela petrolífera reconheça que as necessidades energéticas actual ainda são satisfeitas com recurso aos combustíveis fósseis. As acções da multinacional gaulesa em Angola, visando atingir carbono zero até 2023, segundo ainda Kátia Costa, no evento realizado em Luanda, a 01 de Outubro de 2023, decorrem de forma sustentável e estão alinhas aos objectivos do “Acordo de Paris sobre o Ambiente” (2016).

30% de descarbonização até 2030

A petrolífera francesa no país, informou, estar a reinventar-se, a fim de se tornar numa empresa multienergética, diversificando, assim, o portefólio das actividades. “A redução das nossas emissões é um ponto importante para podermos atingir a neutralidade de carbono até 2023”.

Questionada sobre os níveis de redução de carbono anual, a diretora respondeu que, para Angola, de 2015 a 2021, foram de 27%. A meta estabelecida até 2030, continuou, parra por alcançar os 30%.

Os níveis de redução de carbono conseguidos, avançou, significaram a manutenção das instalações e melhoramento das operações, sem descurar da queima de gás que foi um dos pontos mais importantes.

“Também temos projectos que nos permitem reduzir e optimizar o uso de energia nas nossas instalações”, afirmou Kátia Costa, para mais adiante informar que existem programas ligados às emissões que devem ser implementados para beneficiar novos campos petrolíferos em curso.

Empresários exaltam ODS

Abordando os ODS na vertente empresarial, José Pinto, director-geral da Guara, fez saber que uma instituição ou empresa de bem adopta pelo menos os princípios de sustentabilidade de aplicações simples.

Por serem elementos orientadores, prosseguiu o representante máximo da Guara, ajudam as empresas a organizar-se e pelo facto de existirem tópicos e directrizes pré-estabelecidos.

“Fazem sentido como orientadores numa sociedade de bem. Julgo que estão implícitos em qualquer um de nós, se os lermos com atenção”, argumentou José Pinto, rejeitando categoricamente a conotação marketing atribuída aos ODS.

OS ODS, po pontos de vista do responsável, ajudam as instituições, as empresas e a sociedade, em geral, a ter princípios esquecidos que podem ser incorporados com objectivos claros e metas empresariais delimitadas.

Ricardo Rocha, directo-geral do Sika Angola, multinacional suiça, um dos participantes do segundo painel da conferência, defendeu a adopção gradual dos 17 pontos dos ODS, pois considera surreal acreditar na possibilidade de implementar todos.

“Não vale a pena ter a utopia de que vamos atacar os 17 princípios dos OSD. Devo-me focar naqueles que são mais importantes para a minha empresa. Primeiro é ter conhecimento e, de seguida, priorizar”, aludiu Ricardo Rocha.