Donald Trump assinou, nesta segunda-feira, 20, após ter sido empossado 47.º Presidente dos Estados Unidos, uma ordem executiva que confirma a saída dos Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde. Com a retirada, a OMS deixa de receber uma importante contribuição anual: mais de 230 mil milhões de dólares.
"A OMS defraudou-nos", acusou o republicano, justificando a retirada com a diferença entre as contribuições financeiras dos Estados Unidos e da China para a organização.
Os EUA sempre são citados como os maiores contribuintes. Nada que não seja verdade: o país responde por 10% do orçamento do órgão, com um montante de cerca de 235 mil milhões USD de taxa obrigatória e 200 milhões em auxílio voluntário.
A China, por sua vez, paga 86 milhões de dólares à OMS em contribuições obrigatórias, e 10 milhões voluntariamente, daí a discrepância ter inflamado a ‘ira’ de Trump, noticia a DW.
No texto, Trump pede que as agências federais "suspendam a futura transferência de quaisquer fundos, apoios ou recursos do governo dos EUA para a OMS" e orienta-as para "identificar parceiros norte-americanos e internacionais de confiança" capazes de "assumir as actividades anteriormente realizadas pela OMS".
Nas suas primeiras decisões, tomadas poucas horas após ter sido empossado, Trump assinou ainda medidas relacionadas à imigração, ordenando, por exemplo, o aumento das penas e deportações para imigrantes ilegais e a criação de uma força-tarefa para combater crimes nas fronteiras.
O Presidente norte-americano emitiu, igualmente, um decreto em que determina a libertação de mais de 1.500 condenados por invasão ao Capitólio, em 2021, quando seus apoiantes contestaram a vitória eleitoral de Joe Biden (Partido Democrata), em 2020.