Os ataques contra instalações humanitárias são uma violação do direito internacional, afirmou Jorge Moreira da Silva, chefe do Escritório das Nações Unidas para os Serviços de Projectos (UNOPS), em reacção aos recentes bombardeamento israelita que mataram 970 pessoas nas últimas 48 horas.
Jorge Moreira da Silva, que falava durante uma conferência de imprensa, em Bruxelas, Bélgica, declarou que a ONU está chocada com a morte de um funcionário e o ferimento de outros quatro em Gaza, na Palestina, vítimas dos bombardeamentos do exército de Israel, que retomou as hostilidades.
Os locais afectados pela explosão dos engenhos explosivos, continuou, estavam localizados numa área isolada, logo (assegurou) está fora de hipótese considerar que foi uma acção acidental. Ainda para o chefe da ONUPS, o pessoal da ONU, bem como as instalações devem ser protegidas.
A população civil em Gaza, comentou, depende da ONU para assistência vital, principalmente em momentos de tragédia e devastação total.
Em resposta à denúncia do chefe da UNOPS, as Forças de Defesa de Israel (IDF) negaram o ataque a um edifício da ONU no centro da Faixa de Gaza. Os novos ataques, respondeu o exército israelita, em declarações à imprensa, foram contra alvos terroristas do Hamas e da Jihad Islâmica”.
De acordo com a imprensa local, o exército de Israel lançou panfletos no norte e sul da Faixa de Gaza, ordenando os moradores a deixar as respectivas residências porque estão situadas em zonas de combate.
O presidente francês, Emmanuel Macron, considerou um retrocesso (dramático) o reinício dos ataques israelitas na Faixa de Gaza, tendo avisado que “não haverá uma solução militar possível no território da Palestina”. Pediu o fim definitivo das hostilidades e a libertação dos reféns.