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Exportações chinesas abrandam, mas remessas disparam para máximo de 2 anos

André Samuel
10/12/2024
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Foto:
DR

Alguns fabricantes aceleraram pedidos em antecipação a novas tarifas, principalmente dos EUA sob o segundo governo de Donald Trump.

As exportações da China cresceram 6,7% ano a ano em novembro de 2024, 1,8 ponto percentual abaixo das previsões de mercado (8,5%) e um abrandamento drástico face a máxima de dois anos de 12,7% registada no mês anterior, segundo dados da Autoridade Geral Aduaneira do país, citados pela Trading Economics.

Para os analistas, o abrandamento reflete as tensões comerciais com o Ocidente. Se na perspectiva do volume as exportações cresceram menos que o esperado, as remessas de saída atingiram o valor mais alto em 26 meses ao se fixarem 312,3 mil milhões USD, visto que alguns fabricantes aceleraram pedidos em antecipação a novas tarifas, principalmente dos EUA sob o segundo governo de Donald Trump. 

As exportações aumentaram para os EUA (8,0%), Japão (6,4%), UE (7,2%) e ASEAN (20,1%). Nos primeiros onze meses do ano, as vendas expandiram 5,4% para 3,24 biliões USD, impulsionadas por produtos plásticos (5,6%), têxteis (4,6%), alumínio bruto e materiais de alumínio (15,9%) e produtos mecânicos e elétricos (7,0%). Durante este período, as exportações aumentaram para Hong Kong (33,1%), Coreia do Sul (11,7%), Taiwan (8,8%), Rússia (0,4%) e ASEAN (12,9%).