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Governo zambiano ‘corta’ 20% das tarifas de electricidade para beneficiar famílias e pequenos negócios

Sebastião Garricha
6/11/2024
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Foto:
DR

Amedida foi aprovada com o objectivo de angariar fundos para financiar importações adicionais de energia e mitigar, a curto prazo, o défice de fornecimento resultante da baixa produção hidroeléctrica.

Mais de meio milhão de famílias zambianas, que consomem menos de 200 unidades de electricidade, terão uma redução de 20% nas novas tarifas de energia que entraram em vigor nesta segunda-feira, 5 de Novembro. Além disso, 14 mil pequenas empresas, como barbearias e salões de beleza, também beneficiarão, com uma redução de 15% nas taxas aplicadas.

A medida foi aprovada pelo Conselho de Regulação da Energia (ERB, na sigla em inglês) a 10 de Outubro último, após um pedido de tarifas de emergência submetido pela Zesco Limited.

Segundo notícia publicada pelo Zambia Daily Mail Limited, o objectivo é angariar fundos para financiar importações adicionais de energia e mitigar, a curto prazo, o défice de fornecimento resultante da baixa produção hidroeléctrica devido à seca.

Para cobrir parcialmente o custo de aquisição de 788 megawatts (MW) de energia, avaliado em 94 milhões de dólares americanos, como escreve o órgão de comunicação citado, a Zesco precisa de arrecadar cerca de 15 milhões de dólares por mês. 

“Estas receitas são essenciais para garantir a continuidade das operações e a importação da electricidade necessária”, lê-se.

Actualmente, as importações de energia da Zesco somam, em média, 440 MW, que provêm principalmente da Eskom da África do Sul, da EDM de Moçambique e do mercado do Grupo de Energia da África Austral (SAPP, em inglês).

Segundo Zambia Daily, espera-se que as famílias e pequenas empresas enfrentem menos dificuldades financeiras com a nova tarifa reduzida, especialmente num contexto de desafios económicos. Explica, além disso, que a redução das tarifas de electricidade pode, portanto, ser vista como uma resposta imediata às necessidades da população.

Esta iniciativa do Governo reflecte uma tentativa de equilibrar a procura por energia e a capacidade de fornecimento, ao mesmo tempo que tenta minimizar o impacto da seca nas comunidades zambianas