Alinhada com o Plano de Desenvolvimento Nacional, a MCA juntou-se ao esforço do executivo angolano na aposta em energias limpas e na transição energética, com base nas melhores práticas internacionais, liderando um consórcio que está a implementar, desde 2021, um conjunto de sete parques fotovoltaicos com uma capacidade total de 370 MWp em Benguela, Huambo, Bié, Lunda Norte, Lunda Sul e Moxico.
Já neste mês, irão ser inaugurados os dois primeiros parques, no Biópio e Baía Farta, em Benguela, seguindo-se os de Luena (Moxico), Lucapa (Lunda-Norte) e Saurimo (Lunda-Sul). No total, a energia gerada pelos parques vai beneficiar uma população de cerca de 2,4 milhões de pessoas, sobretudo em zonas rurais.
O consórcio integra, também, a norte-americana Sun Africa, entre outros parceiros oriundos da Holanda, Suécia e Coreia do Sul.
A produção de electricidade “verde” nestes parques irá trazer uma redução anual de emissões poluentes de cerca de um milhão de toneladas de CO2, permitindo, por outro lado, eliminar a necessidade de consumo de cerca de 1,4 milhões de litros de gasóleo em geradores e produção térmica, com efeitos fortemente poluentes e que permitirão uma poupança muito significativa nas importações de Angola.
O grupo MCA marcou presença na Conferência Internacional – Energia Renovável em Angola 2022, em Luanda, que decorreu entre os dias 5 e 6 de Julho, organizada pela ALER – Associação Lusófona de Energias Renováveis e pela ASAER – Associação Angolana de Energias Renováveis, em parceria com o Ministério da Energia e Águas de Angola.
No evento, que juntou players nacionais e internacionais do sector e que tem como principal objectivo promover as energias renováveis no país, a Presidente do Conselho de Administração da MCA em Angola, Elisabete Alves, participou do painel sobre Projectos de Energia Renovável Ligados à Rede, onde deu conta dos projectos de energia solar fotovoltaica que a empresa está a implementar em diversas províncias do território nacional.
Elisabete Alves, durante a sua apresentação que decorreu no Memorial Dr. António Agostinho Neto, salientou a importância, desde o início, do impacto positivo nas comunidades circunvizinhas, não só devido ao benefício associado à geração de energia amiga do ambiente através destes parques solares, mas também pelo contributo para a melhoria de qualidade de vida das populações que irão beneficiar do acesso a essa energia. “O exemplo desta preocupação, e que gostaríamos de partilhar neste fórum, é a ideia que tiveram as equipas da obra de fazer o reaproveitamento das madeiras das paletes que foram utilizadas no transporte dos módulos fotovoltaicos e reciclar estas madeiras, dando-lhes uma nova utilidade, através da construção de mobiliário para uso comunitário. Desta forma, reduzimos o impacto no ambiente, reduzimos os resíduos e fornecemos equipamentos às comunidades como secretárias para as escolas e postos de saúde. Para além disso, ainda formámos 20 carpinteiros com diplomas profissionais que os habilita a trabalharem por conta própria ou a concorrem no mercado de trabalho no fim da fase de execução dos projectos”.
A Conferência Internacional, transmitida em directo através da página de internet, contou com o apoio do GET.invest, – um programa europeu que visa mobilizar o investimento em energias renováveis descentralizadas apoiado pela União Europeia, Alemanha, Suécia, Holanda e Áustria. O evento, aberto pelo Ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, acolheu, ao longo dos dois dias, apresentações e debates em vários painéis.