Já trabalhou como director-geral dos hotéis Dellaz, em Cabinda e, em Portugal, São Vicente em Braga, Luz Bay em Lagos, Fénix e Meridien em Lisboa. Também já foi professor e formador no Instituto Superior de Educação e Ciências de Lisboa.
Economia & Mercado (E&M) - Qual é o segredo para se ser um bom gestor hoteleiro, em particular num mercado como o angolano onde o turismo ainda está subdesenvolvido?
José Amorim (JA) - É difícil ser-se um gestor hoteleiro na actual conjuntura económica do país. E com base no actual nível de desenvolvimento do turismo nacional é ainda mais difícil, por se tratar de uma actividade que depende de vários factores, muitas vezes condicionados pela política, pela economia e pela sociedade. Face à crise que se regista na economia, a gestão diária dos estabelecimentos hoteleiros é difícil, porque devemos estar abertos 24h por dia e isso requer meios técnicos e humanos que não são baratos. Daí que tenhamos de reforçar o controlo de custos para que consigamos manter-nos dentro das nossas capacidades financeiras.
E&M - Quais têm sido os principais obstáculos que enfrenta no exercício dessa actividade?
JA - Depende do país onde trabalhamos. Quando exerci esta actividade em Portugal o principal bloqueio estava relacionado com a falta de mão-de-obra qualificada e de promoção turística do país no estrangeiro. Isso causava alguns transtornos, nomeadamente ao nível daquilo que era a venda dos serviços ao estrangeiro,visto que o mercado português, por si só, não é suficiente para manter a actividade turística a funcionar. Entretanto, em Portugal as coisas mudaram. Já em Angola, as dificuldades prendem-se com o facto de se tratar de um país que saiu há muito pouco tempo de uma guerra que deixou marcas profundas nas pessoas e destruiu infra-estruturas.
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