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Inflação anual da Zâmbia sobe para mais de 16% em Dezembro

Sebastião Garricha
27/12/2024
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Foto:
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Apesar do aumento da inflação, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da Zâmbia acelerou para 2,5% no terceiro trimestre do ano.

A inflação anual da Zâmbia subiu pelo 18.º mês consecutivo em Dezembro, atingindo 16,7%, ligeiramente superior aos 16,5% registados no mês de Novembro, devido à seca e à contínua fraqueza do kwacha, moeda local, que  encolheu 4,8% em relação ao dólar no último trimestre, noticiou a Bloomberg.

Publicados esta sexta-feira, 27 de Dezembro, os dados da Bloomberg indicam que, para tentar conter a inflação e apoiar o kwacha, o banco da Zâmbia aumentou a sua taxa de juro para 14% em Novembro, a mais elevada dos últimos sete anos.

Citado, o ministro das Finanças, Situmbeko Musokotwane, afirmou que a Zâmbia vai prosseguir a consolidação orçamental, além de garantir que o país está preparado para adoptar uma política monetária ainda mais restritiva, se necessário.

Em Dezembro, a inflação não alimentar acelerou para 14,2%, em comparação com 14,1% no mês anterior. Os preços dos produtos alimentares, de acordo com a Bloomberg, aumentaram 18,6%, o que exerceu ainda mais pressão sobre os bolsos dos cidadãos.

Apesar do aumento da inflação, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) acelerou para 2,5% no terceiro trimestre, em comparação com a taxa revista de 1,9% registada no trimestre anterior. 

No entanto, como escreveu a  empresa de tecnologia e dados para o mercado financeiro e agência de notícias operacional em todo o mundo, este crescimento parece não ser suficiente para atenuar as pressões inflacionistas a que estão sujeitos os consumidores.

O Governo da Zâmbia continua a acompanhar de perto a situação, procurando formas de equilibrar o crescimento económico com as medidas necessárias para controlar a inflação e estabilizar a moeda. 

A situação actual exige uma resposta coordenada para garantir que a recuperação do país não seja prejudicada por estes desafios económicos persistentes. 

“A Zâmbia depende fortemente da agricultura, baseada na chuva e na energia hidroeléctrica, que representa 85% da sua produção de electricidade. Por conseguinte, a seca tem um impacto directo nestes sectores, agravando a situação económica.