A União Africana acredita que o comércio intra-africano poderá aumentar em 60%. Este acordo, feito feito segundo o modelo da União Europeia, foi assinado durante a 10ª sessão ordinária dos chefes de Estado da União Africana, que aconteceu em Março deste ano na capital do Ruanda, Kigali. Um dos principais objectivos da parceria é impulsionar o comércio entre os países do continente, além de diminuir a dependência da inconstância dos preços das commodities que afectam directamente as exportações. A Zona de Livre Comércio Continental é considerada um dos sonhos da integração africana como parte da chamada Agenda 2063, um projecto de 50 anos criado em 2013 pela União Africana. Pelo menos 44 países assinaram os três termos do acordo: o estabelecimento da Zona, o protocolo de livre circulação de pessoas e a declaração de Kigali. Outros seis países assinaram parte do acordo.
Os cinco restantes membros da União Africana devem “assinar o texto em breve”. Dos 55 países do continente africano, todos integrantes da União Africana, bloco continental, 11 nações, nomeadamente Botswana, Lesoto, Namíbia, Zâmbia, Burundi, Eritreia, Benin, Serra Leoa, Guiné Bissau, Nigéria e África do Sul, ainda não assinaram o acordo. Destes, somente a Nigéria, a Eritreia, o Burundi, a Guiné Bissau e a Serra Leoa não assinaram nenhum dos três termos do acordo.
A Nigéria, por exemplo, apartou-se de assinar, tendo apresentado como justificação a pressão de sindicatos locais e a vontade proteccionista das indústrias do país, que temem que o acordo coloque em risco a produção doméstica. O país tem a maior população do continente africano, 191,8 milhões de pessoas. Em 2017, a pujante economia nigeriana cresceu 5,2%, taxa que deve manter-se nos próximos dois anos, de acordo com as autoridades do país.
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