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Manifestações em Moçambique: 21 pessoas mortas em uma semana

Fernando Baxi
9/12/2024
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Foto:
DR

Dados divulgados pela ONG moçambicana, constatou a E&M, ilustram que o maior número de vítimas mortais se registou em Gaza (10), depois Nampula (8) e Cabo Delgado (3), elevando assim para 103 mortes.

A Plataforma Eleitoral Decide registou a morte de 21 moçambicanos, de 03 a 07 de Dezembro do presente ano, em consequência da repressão das forças de defesa e segurança de Moçambique, que procuram travar as manifestações contra os resultados eleitorais de 09 de Outubro de 2024.

Os dados divulgados pela ONG moçambicana, constatou a E&M, ilustram que o maior número de vítimas mortais se registou em Gaza (10), depois Nampula (8) e Cabo Delgado (3), elevando assim para 103 pessoas mortas em manifestações naquele país lusófono, na costa oriental de África.

A ONG também registou que pelo menos 274 pessoas foram baleadas e 3 mil 450 detidas desde o início das contestações dos resultados eleitorais em Moçambique, que deram vitória à Frente Libertação de Moçambique (FRELIMO) e ao respectivo candidato presidencial, Daniel Francisco Chapo.

Os moçambicanos, a pedido do candidato (derrotado) à presidência, Venâncio Mondlane, experimentaram outra fase de contestação na última semana (04 a 11 de Dezembro). Houve paralisação da circulação automóvel das 08 às 16 horas em todos os bairros de Moçambique.

À semelhança do que sucedeu na fase de contestação de 27 a 29 de Novembro, o aspirante ao cadeirão máximo em Moçambique (Venâncio Mondlane) pediu aos moçambicanos que parassem as viaturas das 08 às 15: 30 minutos, seguindo-se 30 minutos para se entoar o hino da República.

"Vamo-nos manifestar de forma ininterrupta, sem descanso. Vão ser sete dias cheios. Todas as viaturas, tudo o que se move, fica parado", apelou, solicitando aos automobilistas para colarem cartazes de contestação nas viaturas que circulem até às 08:00 e depois das 16:00.

Venâncio Mondlane, apoiado pelo partido PODEMOS, foi o segundo candidato mais votado nas eleições presidenciais de 09 de Outubro de 2024, tendo obtido 20,32% dos votos escrutinados. Mas recusa-se a reconhecer os resultados que devem ser validados e proclamados pelo Conselho Constitucional de Moçambique.