“A opção pela carreira na gestão de recursos humanos aconteceu de forma não planeada, num processo evolutivo que começou pela facilidade de contacto com pessoas de diversas nacionalidades, culturas, etnias e interesses sociais e de perceber como essas diferenças, conjugadas, constroem um puzzle humano muito interessante nas organizações.
Emigrei para Londres, aos 18 anos, para dar continuidade ao meu percurso académico e com uma convicção – trabalhar para servir pessoas numa organização. Trabalhei em vários sectores e funções – sempre virados para o atendimento – e desenvolvi a capacidade de comunicar e interagir com confiança. Licenciei-me em BA (Hons) Criminology, pela Universidade de Middlessex, o mais próximo do curso de Direito que tanto me fascinava. No ano 2000, ingressei na Sonangol (Trading Office in London) como gestora de bolseiros.
Em 2005, completei o curso de Mestrado – MSC Human Resources Management & Development. Regressei a Angola em 2005 e aqui começou o meu romance com a gestão de pessoas – um histórico com mais de 20 anos, nos sectores petrolífero, da aviação comercial, grande distribuição, culminando na gestão de saúde privada. Aprendi a conhecer os nossos negócios e a operacionalidade dos mesmos nos mercados em que operam, a trabalhar e interagir com pessoas do mundo inteiro e a beber das suas variadíssimas experiências, culturas e actuações. Viajei e conheci outras geografias, absorvi boas práticas e apliquei algumas delas em contextos muito desafiantes. Desenvolvi inteligência emocional, empatia e a importância de valorizar pessoas – a elevá-las. No Luanda Medical Center encontrei um projecto desafiante, com muito potencial para fazer o que mais gostava. Tinha vontade de abraçar um projecto cuja preocupação primordial fossem as pessoas e não o monitoramento do “balance sheet”.
No cume da montanha que foi a gestão da Pandemia da COVID-19, a minha preocupação fundamental foi apoiar as equipas a sentirem estabilidade. Internamente, dinamizámos muitas acções: a conscientização dos temas importantes, monitoramento do desempenho e temas como produtividade, qualidade, segurança, retenção de competências críticas, disciplina, rigor, confidencialidade e apoio ao cliente, tornaram-se o nosso dia-a-dia.”
Women in the Health Sector
Valódia Sabalo, Luanda Medical Center’s Human Capital Manager
“The choice of a career in human resources management came about unplanned. It was an evolutionary process that began with the ease with which I established rapport with people of different nationalities, cultures, ethnicities and social interests, and the realization of how these differences, when combined, make up a very interesting human puzzle in organizations.
I emigrated to London at the age of 18 to continue my academic career and with one conviction - to serve people in an organization. I worked in various sectors and functions - always service-oriented - and developed the ability to communicate and interact with confidence. I completed a BA (Hons) degree in Criminology from Middlesex University, the closest thing to the law degree that fascinated me so much. In 2000, I joined Sonangol (Trading Office in London) as a grants manager.
In 2005, I completed my Master’s degree - MSC Human Resources Management & Development. I returned to Angola in 2005 and here began my love affair with people management - a history spanning more than 20 years in the oil, commercial aviation and large distribution sectors, culminating in private health management. I learned about our businesses and how they operate in the relevant markets, I worked and interacted with people from all over the world and learned from their vast experiences, cultures and actions. I traveled and got to know other places, learned good practices and applied some of them in very challenging contexts. I developed emotional intelligence, empathy and learned the importance of valuing people - of elevating them. At Luanda Medical Center I found a challenging project with a lot of potential for doing what I loved most. I wanted to embrace a project whose primary concern was people and not monitoring the balance sheet.
At the top of the mountain that was the management of the COVID-19 pandemic, my main concern was to help the teams feel stable. Internally, we took many actions: raising awareness of important issues, monitoring performance and topics such as productivity, quality, safety, retention of critical skills, discipline, rigor, confidentiality and customer support became our daily routine.”
Leia o artigo completo na edição de Novembro da Economia & Mercado.