Localizadano município de Viana, em Luanda, a National Distillers inaugurou a sua primeira e única unidade de produção em 2015, onde trabalham 422 funcionários directos e indirectos, dos quais mais de 90% são mulheres e menos de 1% são expatriados.
A empresa produz mensalmente 150 mil caixas dos produtos Best Whisky, Best Marula e Best Ginger, embalados em saquetas de 50 ml e em garrafas de 200 ml e 750 ml, segundo a directora-geral. Ágata Russell revelou ainda a intenção da empresa de dobrar a capacidade de produção, perspectivando a exportação.
À semelhança da maior parte dos investidores que actuam no mercado angolano, a National Distillers “sofre” a pressão macroeconómica imposta pelo actual contexto adverso ao “bom ambiente de negócios”, tendo em conta os elevados custos de manutenção da infra-estrutura instalada numa área de 25.000 metros quadrados, bem como os custos de produção dos 30 milhões de litros de bebidas espirituosas ao ano.
Ágata Russell disse, por altura da inauguração de uma nova linha de engarrafamento, que apesar dos esforços para melhorar o quadro de negócios, ainda prevalecemos constrangimentos. “Não se trata de uma tarefa fácil e admitimos que, em alguns pontos, tem vindo a melhorar”, reconheceu, sublinhando que houve uma “avidez em introduzir novas leis e estratégias” para alavancar a economia do país, porém, deve haver “diálogo real” para se conseguir evoluir positivamente a todos os níveis. “Ouçam quem já cá está e quem já investiu na indústria, pois não vamos evoluir pela imposição de impostos”, alertou.
Para manter a unidade fabril em funcionamento e assegurar o abastecimento do mercado, a gestora da National Dis- tillers referiu que recorrem aos mercados sul-africano, holandês, espanhol e escocês, para adquirir matéria-prima de “elevada qualidade” como o etanol, creme caramelo, cápsulas não recarregáveis e malte.
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