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O consumidor deve ser exigente

José Zangui
29/11/2019
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Foto:
Carlos Aguiar

Henrique Pereira é consultor do Ministério do Comércio, onde exerceu funções de chefe de departamento em diferentes áreas, foi director do Instituto Nacional de Defesa do Consumidor entre 2004 e 2006.

Henrique Assunção Pereira tem 64 anos de idade, é natural do Kwanza Norte e foi director nacional do Comércio Externo, em 2007. No seu curriculum (CV) destacam-se  duas formações: uma em Comércio Externo e Negócio Internacional e outra em Segurança Alimentar e Nutricional.

Contudo, a sua carreira no Ministério do Comercio começou em 1976, na Direcção dos Serviços do Comércio, antes mesmo da existência do Ministério. Tem 64 anos de idade, dos quais 43 dedicados à carreira.

Economia & Mercado (E&M) - Qual é o segredo para se manter rejuvenescido e sempre em actividade?

Penso que tenho feito o meu trabalho com dedicação. Em qualquer profissão, o segredo passa por estudar, saber ouvir, ter dedicação e espírito de sacrifício. Tenho 43 anos de serviço, desempenhei várias funções de chefia, tenho duas formações e continuo o meu processo de autoconhecimento.

E&M - Ao longo desses anos, alguma vez se deparou com situações que o levaram a pensar em desistir?

Henrique Pereira (HP) - Nunca pensei em desistir. Como todos, já passei por situações menos boas que não vou revelar, mas prossegui. Vou trabalhar até não poder mais, mesmo for a da Função Pública. Vou manter activo na sociedade civil, pois é assim que deve pensar um bom cidadão.

E&M - Actua no sector do comércio desde antes da independência. Hoje, qual é avaliação que faz do sector? Já temos uma cadeia de distribuição e comércio organizada?

HP - Ainda não, ao nível de como deveria ser. Os nossos portos estão mais voltados para a importação, em vez da exportação, o que é desejável para um país produtor. Há um fraco investimento dos próprios empresários na criação de uma cadeia de valores, nomeadamente na produção, escoamento, armazenamento, transformação e distribuição, para o produto chegar até ao consumidor final. Hoje, ainda estamos dependentes das importações, o que não é benéfico para a segurança alimentar e a soberania do país.

Leia mais na edição de Setembro de 2019

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