Angola carece de uma política efectiva de incentivo à agricultura através de subvenções de insumos e facilitação de créditos bonificados, defendeu o agrónomo José Bettencourt numa apresentação a empresários do sector agro-industrial, por ocasião das celebrações do Dia do Criador e do Campo, que teve lugar em Junho, na Fazenda de Santo António, município da Quibala, Kwanza Sul.
O surgimento de um sector empresarial forte no agro-negócio em Angola, além da criação de uma rede comercial funcional e do reforço da investigação e experimentação agrícolas são factores determinantes para o desenvolvimento da agricultura no país
No retrato que fez do sector, o especialista apontou ainda a fraca capacidade de armazenagem de produtos pelos agricultores, na sua maioria familiares, que respondem por mais de 90% da produção nacional, o que os leva, frequentemente, a vender as suas colheitas abaixo do preço de produção. “É por isso que eles (os camponeses) se desmotivam e vão produzir carvão, por exemplo, para ao fim de dois ou três dias conseguirem ganhar alguma coisa”, justificou, tendo reforçado que Angola precisa de “pensar seriamente numa política de subvenção para aumentar rapidamente os índices de produção”.
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