Na sequência do que tem acontecido nos últimos anos, é com alguma incerteza que nos aproximamos de 2023. Depois de dois anos marcados por uma crise pandémica mundial, que impôs severas restrições à circulação de bens e pessoas e enfraqueceu a economia mundial e o recente escalar do conflito armado em plena Europa, implica que o cenário económico permaneça negativo à economia mundial, e, por conseguinte, em Angola.
Não obstante, e sendo a economia angolana bastante resiliente, o ano 2023 deverá ser marcado por um crescimento do Mercado Segurador e, sobretudo, de uma maior alocação de investimento das companhias no negócio digital.
De salientar que a pandemia nos obrigou a repensar toda a estratégia de negócio, exigindo a implementação de novas tecnologias e novas formas de trabalho, orientadas, sobretudo, para o digital. A satisfação dos nossos Clientes e Parceiros, uma efectiva redução de custos e processos muito mais simplificados têm vindo a provar-nos que estas novas formas de trabalho vieram para ficar. Implementamos todas estas alterações sem que a gestão tivesse perdido controlo e eficiência, tendo-se verificado mesmo a sua melhoria.
No entanto, consideramos que ainda estamos muito longe de uma realidade “Open Insurance”, como se tem assistido noutras geografias. Na base de uma verdadeira transformação digital, está a transformação/mudança de mentalidades e esta mudança tem de começar dentro de cada uma das organizações. Se queremos tornar-nos mais modernos e acompanhar a evolução do mundo tecnológico, que não pára de acontecer, temos de estar, em primeiro lugar, mentalizados para essa transformação.
Temos a plena convicção de que terão e irão, com certeza, surgir bastantes inovações no Sector Segurador a nível digital. Ferramentas tecnológicas associadas a capacidades digitais propiciam a transformação daquilo que consideramos serem funções-chave no sector, tais como: novos produtos, distribuição e subscrição, marketing/comunicação e reclamações. O sucesso dos processos digitais assenta num princípio, que consideramos chave, a confiança das pessoas. Essa confiança traduz-se, naturalmente e como em qualquer outro processo, no número de experiências positivas obtidas.
Na base de uma verdadeira transformação digital, está a transformação/mudança de mentalidades e essa mudança tem de começar dentro de cada uma das organizações.
Quando falamos de transformação digital, um dos receios imediatos do ser humano é que pode passar a ser dispensável. Mas consideramos ser precisamente o contrário. O potencial humano é fundamental para essa transformação. Não há digital sem pessoas, assim como também não há digital sem tecnologia adequada à cultura (digital) da envolvente macro que nos rodeia.
O uso da tecnologia é uma poderosa ferramenta para aumentar a competitividade, mas só o será efectivamente se conhecermos bem o nosso público-alvo, para que a oferta do conteúdo seja relevante e tenha a qualidade esperada por esse mesmo público.
Por fim, tenhamos todos a consciência de que a transformação digital é uma realidade que não pode ser ignorada, mas aporta grandes desafios a nível da segurança, protecção de dados, comunicações e acesso a plataformas tecnológicas adequadas.
The insurance market and investment in digital businesses
Following what happened in recent years, it’s with some uncertainty that we approach 2023. After 2 years marked by a global pandemic crisis, which imposed severe restrictions on the movement of goods and people and weakened the world economy, and after the recent escalation of the armed conflict in the middle of Europe, the global economic scenario remains negative for the world economy, and, consequently, for Angola.
Nevertheless, and given that the Angolan economy is quite resilient, 2023 should be marked by growth in the Insurance Market and, above all, a greater allocation of companies’ investment in digital businesses.
It should be noted that it was the pandemic that forced us to rethink our entire business strategy, and it required the implementation of new technologies and new ways of working, which are mainly digitally oriented. The satisfaction of our customers and partners, an effective cost reduction and much simpler processes proved to us that these new ways of working are here to stay. We implemented all of these changes without management losing control and efficiency, and there was even an improvement.
However, we believe that we are still a long way from an “Open Insurance” reality, as has been seen in other places around the world. At the base of true digital transformation is the transformation/change of mentalities, and this change has to start within each of our organizations. If we want to modernize and evolve with the rest of of the technological world, which is constantly moving forward, we must, in the first place, be mindful of this transformation.
We are fully convinced that there will be a lot of innovations in the insurance sector at a digital level. Technological tools associated with digital capabilities enable the transformation of what we consider to be key functions in the sector, such as new products, distribution and subscription, marketing/communication and claims. The success of digital processes is based on a principle which we consider key: people's trust. This confidence naturally translates, as in any other process, into the number of positive experiences obtained.
At the base of true digital transformation is the transformation/change of mentalities, and this change has to start within each of our organizations
When we talk about digital transformation, one of the immediate fears people face is that they may become expendable. But we consider it to be precisely the opposite. Human potential is key to this transformation. There is no digital world without people, just as there is no digital world without technology suited to the (digital) culture of the macro environment that surrounds us.
The use of technology is a powerful tool to increase competitiveness, but it will only be effective if we know our target audience well so that the content on offer is relevant and has the quality expected by that same audience.
Finally, let us all be aware that the digital transformation is a reality that cannot be ignored, but it brings great challenges in terms of security, data protection, communications and access to appropriate technological platforms.
