As relações económicas entre Angola e França remontam a 1982, com a assinatura do primeiro acordo de cooperação bilateral. Uma parceria estratégica nos diferentes domínios que tornou a França no segundo maior investidor estrangeiro em Angola, um dos principais empregadores privados do país, depois dos Estados Unidos da América (EUA).
Em virtude disso, de acordo com dados disponíveis, Angola é o terceiro maior beneficiário da França no continente africano, depois de Marrocos e da Nigéria.
Consta que, até 2018, a Agência Francesa para o Desenvolvimento (AFD) investiu 806 milhões de euros em dotações em 11 projectos, sendo que 45% do valor se destinou à diversificação da economia do país.
“O reinício de actividades foi em 2018, e temos três eixos na cooperação: o primeiro diz respeito à diversificação da economia, através de um apoio muito forte ao sector agrícola”, destacou, em exclusivo à Economia & Mercado, o director-geral da AFD, Louis Antoine Souchet.
O apoio à produção interna consiste na melhoria da cadeia agrícola que abrange desde a formação profissional dos quadros do sector à modernização dos institutos técnicos agrários, no âmbito de uma parceria com os Ministérios da Educação e da Agricultura e Florestas.
Este reforço da parceria agrícola entre os dois países ecoou no discurso do Presidente francês, Emmanuel Macron, durante a recente visita ao país.
No Fórum Económico ‘Lançamento de uma parceria de produção França-Angola no sector agrícola e agro-alimentar’, decorrido no Museu da Moeda, Emmanuel Macron assinalou a particular necessidade da diversificação da economia do país, sobretudo a soberania alimentar num contexto de guerra na Ucrânia.
“Não há um conhecimento privado agrícola muito bom, contrastando assim com o sector petrolífero. A ideia é o sector privado ir buscar a mão-de-obra nestes institutos. Uma mão-de-obra bem formada para corresponder às expectativas do sector”, apontou Louis Antoine Souchet.
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The ins and outs of cooperation between Angola and France
Until 2018, 45% of French investments in Angola were destined for economic diversification projects, with a focus on food sovereignty, in a context in which global food security is under pressure from the war in Ukraine.
Economic relations between Angola and France date back to 1982, with the signing of the first bilateral cooperation agreement. A strategic partnership in different domains that made France the second largest foreign investor in Angola, one of the main private employers in the country, after the United States of America (USA).
As such, according to available data, Angola is the third largest beneficiary of France in the African continent, after Morocco and Nigeria.
It is reported that until 2018, the French Development Agency (AFD) invested 806 million euros in grants in 11 projects, with 45% of the value destined for the diversification of the country's economy.
"The resumption of activities was in 2018 and we have three axes in cooperation: the first concerns the diversification of the economy, through very strong support for the agricultural sector," highlighted the AFD's Director-General, Louis Antoine Souchet, in an exclusive interview with Economia & Mercado.
Support for domestic production consists of improving the agricultural chain, which ranges from the professional training of sector staff to the modernization of agricultural technical institutes, under a partnership with the Ministries of Education and Agriculture and Forests.
Indeed, this strengthening of agricultural partnership between the two countries echoed in the speech of the French President, Emmanuel Macron, during his recent visit to the country.
At the Economic Forum "Launch of a France-Angola production partnership in the agricultural and agri-food sector", which took place at the Coin Museum, Emmanuel Macron pointed out the particular need for the diversification of the country's economy, especially food sovereignty in the context of the war in Ukraine.
"There is not a very good private agricultural knowledge, contrasting with the oil sector. The idea is for the private sector to recruit labor from these institutes. A well-trained workforce to meet the sector's expectations," pointed out Louis Antoine Souchet.
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