Como caracteriza as relações políticas e económicas entre França e Angola? 

A quota de mercado de França estagnou durante vários anos em cerca de 3,5%, mas ainda é o segundo maior investidor em Angola, depois dos EUA, graças, principalmente, aos investimentos da Total Energies e dos seus parceiros no sector petrolífero. A dimensão estratégica da presença francesa em Angola manifesta-se através de aproximadamente 70 filiais e 50 empresas locais detidas por franceses. Angola é também o segundo maior destino do investimento francês na África Subsaariana, depois da Nigéria.  Em termos de fluxos, os IDE franceses para Angola em 2021 foram negativos, reflectindo algum desinvestimento, provavelmente ligado às flutuações do preço do petróleo. Em 2022, o grupo Total Energies anunciou um investimento de três mil milhões de dólares.

Em 2020, face à Covid-19, a balança comercial França-Angola permaneceu deficitária, deteriorando 24% para 246 milhões de euros. Qual é o actual volume e valor das exportações de França para Angola? 

As exportações francesas em 2021 ascenderam a 241 milhões de Euros. De acordo com as nossas estimativas, as exportações francesas em 2022 ascenderam a 255 milhões de euros. É de notar que as exportações de petróleo e gás natural de Angola para França dispararam em 2022. De acordo com a Alfândega Francesa, as exportações francesas para Angola representaram, em 2020, 195 milhões de euros, 241 milhões de euros em 2021 e as estimativas para 2022 apontam para 255 milhões de euros.

No que toca às importações francesas de Angola, em 2020 cifraram-se em 440 milhões de euros, em 2021 em 195 milhões de euros e as estimativas para 2022 apontam para 3,8 mil milhões de euros. A balança comercial França-Angola situou-se em 2020 nos 245 milhões de euros (défice francês), em 2021 mais de 46 milhões de euros (excedente francês) e em 2022 menos de 3,5 mil milhões de euros.

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