Os portugueses podem ir às urnas para escolher um novo governo pela terceira vez em menos de três anos. Luís Montenegro, primeiro-ministro português, perdeu o voto de confiança parlamentar. Foi ‘derrubado’. O presidente Marcelo de Sousa terá de decretar a dissolução do Governo.    

A queda de Luís Montenegro foi confirmada com 142 votos contra a moção de confiança e 88 a favor. Sem apoio parlamentar, o Governo passa à condição de interino. Após consulta com os partidos políticos, Marcelo de Sousa decidirá se convoca eleições gerais antecipadas em Maio deste ano.

A oposição acusou Luís Montenegro de usar o cargo para beneficiar a empresa com pagamentos mensais de 4 mil 500 euros de uma operadora de casinos. Negou ter cometido irregularidades ou qualquer conflito de interesses na empresa que tem contrato com outras companhias privadas.

Face à rejeição das acusações de que era alvo, apresentou ao Parlamento uma moção de confiança que foi chumbada, no dia 11 de Março de 2025. Os parlamentares da oposição questionaram-no a respeito dos negócios da Spinumviva, empresa de consultoria que fundou, mas que é gerida pelos filhos.

Luís Montenegro, do Partido Social Democrata (PSD), liderava um governo minoritário e dependia de outros partidos para governar. As principais formações políticas da  oposição (Partido Socialista, de centro-esquerda, e o Chega, de extrema direita) tiveram importante papel para a derrota.