No âmbito do Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2018-2022, o governo pretende duplicar a capacidade instalada de produção de electricidade para 5.400 MegaWatts (MW) nos próximos anos e criar a Agência de Electrificação Rural.
A mobilização do investimento privado, segundo o PDN 2018-2022, é uma das estratégias previstas para aumentar a potência instalada, quer através de hidroeléctricas de média e grande dimensão, quer através de centrais térmicas a gás. De igual modo, o programa do Governo inclui a aposta na energia solar. Foi em linha com esse desafio que nasceu a Powerblox África.
Segundo o seu director comercial, Carlos Garcia, a empresa pretende apostar “fortemente” em iniciativas de electrificação rural e, ao mesmo tempo, criar oportunidades de emprego junto das comunidades. “A nossa ideia é contratar mão-de-obra local, nomeadamente para a área da construção e cablagem, a título temporário. Assim, as pessoas não só vão contribuir para a electrificação da sua aldeia, mas também terão algum rendimento”, afirmou a fonte, citando os exemplos do Mali e do Ruanda, onde a PowerBlox suíça, empresa-mãe, desenvolveu projectos de electrificação rural.
“Temos projectos já desenvolvidos no Mali e no Ruanda, em parceria com os governos desses países, onde criámos pequenas unidades de produção de energia para fazer ligações às habitações, com todo o controlo e monitorização do consumo. A ideia, dentro das possibilidades, é fazermos a assemblagem dos equipamentos também em Angola, para podermos, eventualmente, baixar o seu preço”.
Carlos Garcia revelou que já estão em curso negociações com entidades privadas e públicas, em particular com os Ministérios da Energia e Águas; da Administração do Território e do Interior. “Fizemos, recentemente, a electrificação de uma esquadra móvel na Via Expresso e prevemos ter outras solicitações. No Uíge, precisamente no município da Damba, está a ser feito um levantamento de 24 postos de saúde onde desenvolveremos o sistema Powerblox”.
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