A SAP e a PwC abraçaram o desafio de, juntos, apoiarem a transformação digital do sector empresarial angolano, com a oferta de um leque de programas e serviços voltados para eficiência no quotidiano empresarial. O balanço mais recente deste percurso serviu de mote de um encontro recente, em Luanda, no qual empresas como a TAAG, o BFA e o BNA descreveram a sua experiência de disrupção na transformação digital.
SAP Business AI, SAP Concur, Migração para a SAP S/4 Hana foram os três programas apresentados na cerimónia como notas sonantes da estratégia da SAP para Angola, numa relação em que a SAP assume o estatuto de fornecedora de aplicativos e a PwC actua como consultora e implementadora dos softweres.
Na sua apresentação, o SAP Business AI foi descrito como uma plataforma que se liga, de uma forma transversal, à infra-estrutura e aos sistemas SAP para automatizar a realização de processos.
“Esta onda da Inteligência Artificial aplicada às plataformas SAP veio para termos uma espécie de assistente virtual, em que, em vez de nós executarmos os processos, indicamos o que queremos fazer, e o assistente vai-nos colocando questões, mas vai ele mesmo executando processos”, explica Tito Tavares, director de consultoria da PwC Angola.
Já o SAP Concur, segundo os promotores do aplicativo, se refere a uma ferramenta inteligente virada para o apoio à gestão de despesas do dia-a-dia, sendo um dos exemplos do seu crédito o de reduzir para um minuto uma tarefa que manualmente consumiria 20 minutos.
Um dos temas críticos do encontro, a SAP e a PwC anunciaram o seu programa de Migração para SAP S/4 HANA e Success Factors com IA, que levanta questões sobre eventual descontinuidade dos mais antigos programas em uso por algumas empresas angolanas.
Aqui, foi anunciada a criação, no ano passado, pela SAP do seu Data Center, alojado em Angola, em resposta à aposta no mercado africano. É, também, o surgimento deste serviço que se quer que esteja à disposição da migração dos seus clientes para o SAP S/4 HANA.
“É um Data Center para toda a região da África oceana. Quero com isto dizer que todos os clientes da SAP que queiram alojar o seu software cloud, ele vai estar alojado em Angola”, sublinha Tito Tavares.

Em relação à migração, o director da PwC realça que os softwares hoje em dia são em cloud, sendo cada vez menos frequente o uso de servidores enormes para armazenamento de dados.
“As empresas que queiram ter as últimas ferramentas, as últimas tecnologias, já têm que ter em cloud, logo, têm que fazer o chamado processo de migração, têm que migrar. Isto gera desafios e há diferentes abordagens para fazer, tivemos a oportunidade de discutir aqui”, reporta.
No encontro, foram, assim, apresentadas as várias versões para viabilizar a migração para o SAP S/4 HANA, e as ‘saídas’ para a conservação dos registos históricos constantes nas bases de dados das empresas que usam serviços SAP.

Empresas angolanas abraçam desafios tecnológicos
Armindo Fortes, director de Tecnologia de Informação do Banco Nacional de Angola (BNA), destaca as “conversões necessárias” que o banco central está a fazer neste percurso irreversível na transformação digital.
Já a gestora de Projectos SAP da TAAG, Liliana Pais, sublinha a aposta nas ferramentas digitais como uma resposta ao “processo de transformação” em curso na transportadora aérea de direito público.
“Olhar para o futuro” e “pensar um pouco fora da caixa” estão entre as motivações que levam a que o Banco de Fomento Angola esteja a percorrer, igualmente, o caminho da digitalização dos seus processos, como assegura Gladis Dinis, directora de Capital Humano do BFA.