O mais adiantado é o da União Europeia, ainda assim com problemas diversos relacionados com a sua própria dinâmica de funcionamento. Uma Zona de Livre Comércio é, de acordo com a Teoria do Comércio Internacional, a primeira fase daquele processo, comprometendo-se os países a eliminarem todas as barreiras alfandegárias às trocas comerciais entre si (o suporte teórico é o de que o livre comércio é um promotor e um factor de crescimento).
Uma das condições para o seu sucesso, do estrito ponto de vista económico, relaciona-se com a situação de partida: os países deverão estar em estádios de desenvolvimento comparáveis, caso contrário ocorrerão desvios de comércio para os países mais desenvolvidos.
Em África, as condicionantes são:
1) as assimetrias são enormes entre as dinâmicas de crescimento económico (diferenciais de quase 7 pontos percentuais entre as economias que mais crescem e as que menos aumentam o seu Produto Interno);
2) As políticas económicas nacionais têm as suas próprias prioridades tendentes a alcançar objectivos exclusivos (como, por exemplo, densificar a malha de relações intersectoriais criadoras de emprego e de competitividade), distantes da resolução de problemas que a integração económica coloca;
3) A instabilidade política reinante em muitos países africanos afasta os investimentos privados, mormente os provenientes do exterior;
4) Inexistência de uma rede integrada de transportes (ferroviários, rodoviários e mesmo marítimos) que facilite as trocas comerciais tornando-as mais baratas;
5) Diferenças significativas nos acervos tecnológicos e científicos. A União Africana, apesar de ter sido criada há 60 anos, não tem conseguido promover a estabilidade política no Continente (golpes de Estado com muita frequência) sintoma claro das diferenças culturais entre os países e mesmo dentro de alguns deles.
A União Africana, apesar de ter sido criada há 60 anos, não tem conseguido promover a estabilidade política no continente (golpes de estado com muito frequência) sintoma claro das diferenças culturais entre os países e mesmo dentro de alguns deles.
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Six years of the African Union and the challenges of the continental free trade area of Africa
Economic integration is a complex process during which countries face many challenges. There is no case of finalizing any such arrangement.
The most advanced is that of the European Union, still with various problems related to its own dynamics of operation. A Free Trade Zone is, according to the Theory of International Trade, the first phase of that process, with countries committing to eliminating all customs barriers to trade between them (the theoretical support is that free trade is a promoter and a growth factor).
One of the conditions for its success, from a strict economic point of view, relates to the starting situation: countries should be in comparable stages of development, otherwise trade deviations will occur towards the more developed countries.
In Africa, the constraints are:
1) Asymmetries are enormous between economic growth dynamics (differentials of almost 7 percentage points between the economies that grow the most and those that least increase their Gross Domestic Product);
2) National economic policies have their own priorities tending to achieve exclusive objectives (such as, for example, densifying the network of intersectoral relations that create employment and competitiveness), far from solving the problems that economic integration poses;
3) The political instability prevailing in many African countries repels private investments, especially those from abroad;
4) Lack of an integrated transport network (rail, road and even maritime) that facilitates trade, making it cheaper;
5) Significant differences in technological and scientific resources. The African Union, despite being created 60 years ago, has not been able to promote political stability on the continent (frequent coups d'état) a clear symptom of cultural differences between countries and even within some of them.
The African Union, despite being created 60 years ago, has not been able to promote political stability on the continent (frequent coups d’état) a clear symptom of cultural diferences between countries and even within some of them.
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