Os principais políticos da actualidade em Moçambique, Daniel Chapo (Presidente da República) e Venâncio Mondlane (ex-candidato à presidência) acordaram cessar as ‘hostilidades’ pós-eleitoral, durante o encontro realizado a 23 de Março de 2025, em Maputo, na capital do País.
Venâncio Mondlane confirmou o acordo rubricado com o Presidente da República, Daniel Chapo, para pôr termo a todo o tipo de violência contra os membros da Polícia da República de Moçambique (PRM) e da FRELIMO. Também está prevista a assistência médica aos feridos durante os protestos.
Daniel Chapo, de acordo com Venâncio Mondlane, durante a live na página oficial do Facebook, assumiu a responsabilidade de empenhar-se em garantir o fim da violência perpetrada por agentes da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) e do Serviço de Investigação Criminal (Sernic).
“Venâncio Mondlane que está a falar convosco (hoje) assumiu a responsabilidade de vir dizer (na live) ao povo que a violência infringida contra a UIR, contra Sernic, contra membros da FRELIMO e contra outros que não estão de acordo connosco também deve cessar”, disse o ex-candidato à presidência da República de Moçambique, nas eleições de Outubro.
Segundo ainda o político da oposição, há um compromisso assumido entre as partes para se evitar o assassinato de moçambicanos, independentemente da visão político-ideológica ou cor partidária.
“Vamos assumir que hoje a violência cessa entre ambas as partes”, assegurou o político da oposição que esteve perto de ‘derrubar’, com o apoio do povo moçambicano, o domínio da FRELIMO, no poder há 50 anos.
No âmbito do acordo firmado entre Daniel Chapo e Venâncio Mondlane, o Estado moçambicano vai compensar as famílias dos mártires da revolta pós-eleitoral, assim como prestar assistência social e psicológica às vítimas.
Após consenso com o opositor político, o Presidente Daniel Chapo aceitou indultar os indivíduos detidos, em consequência dos protestos contra a vitória eleitoral da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO).