O mundo actual vive uma aceleração social que corre ao ritmo do desenvolvimento tecnológico, o que provocou transformações nas organizações e nos modelos de negócio. Nessa jornada de adaptação a essa nova economia, está a Transformação Digital, que faz parte da integração da tecnologia e da informação em todas as áreas de uma instituição, o que vai além de automatizar processos.

Estas mudanças vão requerer olhar para além dos modelos de negócios tradicionais, para reestruturar os processos da organização e permitir que se ganhe escala com o uso de tecnologia, reduzindo custos sem impactar o crescimento.

E, quando falamos em transformação e negócios, vemos que África é a última fronteira de grandes oportunidades para a expansão para empresas de todas as origens. Aqui o caminho rumo à transformação digital ainda precisa de ser percorrido por boa parte das organizações e a infra-estrutura faz parte dos desafios a percorrer. No entanto, onde há desafios também há oportunidades e, com a modernização rápida que tem ocorrido em Angola e noutros países do continente, já são visíveis sinais promissores de crescimento neste sentido.

Em Angola, a transformação digital deve acelerar, mas precisa de ser acompanhada de mudanças culturais e estruturais. Precisamos de criar o nosso modelo de Organizações Exponenciais, aquelas que já nascem digitais – ou se adaptam rapidamente a esta realidade –e com propostas para resolver em grande escala os problemas das nossas sociedades. A inovação não precisa de ser apenas um fim, mas pode ser um meio, uma forma de alcançar e acelerar as mudanças necessárias ao desenvolvimento do país.

Algumas startups angolanas já se destacam e aparecem com soluções para o dia-a-dia, seja no transporte, na educação ou na intermediação de vendas, bem como já existem incubadoras de tecnologia em universidades e com o apoio do Governo.

Estas iniciativas são louváveis e necessárias, mas, como importantes agentes de mudança, os Governos não podem ficar para trás na transformação. Para além de incentivar estas iniciativas, a Administração Pública tem-se confrontado com a necessidade de desenvolver uma cultura organizacional voltada para a prestação de serviços públicos melhores e mais eficazes. E isso passa, necessariamente, pelo investimento em tecnologia, o que tem sido feito em larga escala nos últimos anos.

Este passo, junto com outros investimentos em infra-estrutura e educação, criarão uma Angola preparada para os desafios das próximas décadas, para a expansão e diversificação da economia, para a inclusão dos seus cidadãos nos mercados formais.Consequentemente, será gerado um ciclo virtuoso de inovação e transformação que, a partir do mundo digital, vai impactar positivamente a todos nós, no mundo real.

Digital transformation: challenges and opportunities for Angola

Today's world is experiencing a social acceleration that runs at the pace of technological development, which has led to transformations in organizations and business models. In this journey of adapting to this new economy, there is the Digital Transformation, which is part of the integration of technology and information in all areas of an institution, which goes beyond automating processes.

These changes will require looking beyond traditional business models to restructure the organization's processes and allow it to gain scale with the use of technology, reducing costs without impacting growth.

And when we talk about transformation and business, we see that Africa is the last frontier of great opportunities for expansion for companies of all origins. Here, the path towards digital transformation still needs to be taken by most organizations and infrastructure is part of the challenges to be overcome. However, where there are challenges, there are also opportunities and, with the rapid modernization that has taken place in Angola and other countries on the continent, promising signs of growth in this sense are already visible.

In Angola, the digital transformation must accelerate, but it needs to be accompanied by cultural and structural changes. We need to create our model of Exponential Organizations, those that are born digital – or adapt quickly to this reality – and with proposals to solve the problems of our societies on a large scale. Innovation does not have to be just an end, but it can be a means, a way of achieving and accelerating the changes necessary for the country's development.

Some Angolan startups already stand out and come up with solutions for everyday life, whether in transport, education or sales intermediation, as well as technology incubators in universities and with government support.

These initiatives are laudable and necessary, but as important agents of change, governments cannot be left behind in the transformation. In addition to encouraging these initiatives, Public Administration has been confronted with the need to develop an organizational culture aimed at providing better and more effective public services. And this necessarily involves investment in technology, which has been done on a large scale in recent years.

This step, along with other investments in infrastructure and education, will create an Angola prepared for the challenges of the coming decades, for the expansion and diversification of the economy, for the inclusion of its citizens in formal markets. Consequently, a virtuous cycle of innovation and transformation will be generated that, from the digital world, will positively impact all of us, in the real world.

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