Quem trabalha em Luanda e opta pelo uso de autocarros públicos arrisca-se sempre a atrasar. São horas a fio na paragem, aguardando pelo transporte, e outras no trânsito. São dois problemas, já devidamente identificados pelas autoridades, mas as soluções tardam a chegar. Por um lado, há carência de veículos para a elevada procura que se regista, por outro, faltam estradas e organização rodoviária que permita maior fluidez dos veículos.
Em 2019, a cidade de Luanda tinha 213 autocarros a servirem a rede de transportes colectivos urbanos, em 54 rotas. Entretanto, as autoridades apontavam para uma necessidade de 1.800 veículos para 105 rotas. Na altura, admitiram que a oferta das empresas de transportes colectivos urbanos da capital cobria apenas 15 por cento da procura da província.
No entanto, devido às condições precárias das estradas, segundo os operadores do sector, os veículos têm um tempo de vida útil de apenas cinco anos, o que encarece a sua actividade.
Recentemente, catorze novos autocarros articulados, com o sistema “Express”, ar condicionado e bilheteira electrónica, com uma capacidade de 108 lugares, começaram a circular na cidade de Luanda. Os meios fazem parte de uma frota de 45 autocarros que o Ministério dos Transportes entregou ao Governo da Província de Luanda.
O director provincial do Tráfego, Transportes e Mobilidade de Luanda, Filipe Cumandala, considerou a entrada destes meios públicos em circulação “um facto memorável” para a população de Luanda, estimada em 6,5 milhões de habitantes, tendo informado que nesta primeira fase apenas a TCUL - Transporte Colectivo Urbano de Luanda - começou a funcionar com os meios, enquanto os das restantes operadoras entram na via nos próximos dias. Beneficiaram dos veículos, além da TCUL, a Macon e a AngoReal, cada uma com 15.
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Transportation, the "Achilles Heel" in Luanda
The problem of transportation in Luanda has worsened in the last two years due to the reduction in capacity of the vehicles. At the peak of the pandemic, promises of improvement were made, but little has happened.
Those who work in Luanda and choose to use public buses always risk being late. People wait for long hours at the bus stop and then spend more hours in traffic. These are two problems that have already been identified by the authorities, but solutions are slow to arrive. On the one hand, there is a shortage of vehicles to respond to the high demand, on the other hand, there is a lack of roads and traffic organization that allows a greater fluidity of vehicles.
In 2019, the city of Luanda had 213 buses serving the urban public transport network on 54 routes. However, the authorities pointed to a need for 1,800 vehicles for 105 routes. At the time, the authorities admitted that the services of the capital's urban public transport companies only met 15 percent of the province's needs.
In addition, according to companies in the sector, due to poor road conditions vehicles have a life span of only five years, which makes their operations more expensive.
Recently, fourteen new 108-seat articulated buses, with the "Express" system, air conditioning and electronic ticketing began operating in the city of Luanda. The vehicles are part of a 45-bus fleet that the Ministry of Transport has delivered to the Government of the Province of Luanda.
The provincial director for Traffic, Transport and Mobility of Luanda, Filipe Cumandala, considered the start of operation of these public buses as "a memorable fact" for the population of Luanda, estimated at 6.5 million inhabitants. He informed that in this first phase only TCUL – Transporte Colectivo de Luanda, put these buses on the road, while the remaining companies are expected to do the same in the next days. Besides TCUL, Macon and AngoReal also received 15 buses each.
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