1. É com redobrada atenção que acompanho o desenvolvimento da presente guerra desencadeada pela Rússia na Ucrânia. Daí que não tenha qualquer dívida para definir quem foi o agressor e quem é o agredido, independentemente das causas subjacentes.
2. Um dos instrumentos de que sempre me socorro para recolher ilações sobre alguns dos conflitos actuais são as guerras passadas. Por exemplo, a história da Primeira Guerra Mundial, tida como a Primeira Guerra Global, adequa-se muito ao momento presente.
3. A Primeira Guerra Mundial foi justamente uma consequência da emergência da Alemanha como grande potência mundial. É nesse contexto que ela decide confrontar-se com a França e o Reino Unido, outras grandes potências da época. Pelo meio, envolveram-se no conflito outros Impérios: Russo, Otomano, Austro-Húngaro e ainda outros países.
4. A Primeira Guerra Mundial durou 4 anos - entre 1914 e 1918 - quando os Aliados da França (invadida pela Alemanha) forçaram a potência agressora à assinatura do “Armistício de Compiègne” (11 de Novembro de 1918). É esse Armistício que põe fim às hostilidades na chamada Frente Ocidental da Guerra, em que se digladiavam França, Bélgica e Império Alemão.
5. Pacificada também a Frente Oriental da Guerra - envolvendo os Impérios Alemão, Russo e Austro-Húngaro - pelo Tratado de Versalhes, as potências Aliadas impuseram “condições draconianas” à Alemanha derrotada, que:
i) Deveria assumir todas as responsabilidades pela guerra e reparar os danos causados aos Estados Aliados;
ii) Perderia parte dos seus territórios a favor dos países com quem tinha fronteiras;
iii) Perderia também as suas colónias oceânicas, bem como as possessões que detinha em África;
iv) Veria constrangida a sua capacidade militar em terra, mar e ar;
v) Entre outras penalizações, era ainda forçada a reconhecer a independência da Áustria.
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